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Síndrome do impostor: aprenda identificar

A famigerada “síndrome do impostor”, ficou conhecida em 1978 quando as psicólogas Suzanne Imes e Pauline Clance utilizaram o termo para nomear a sensação de “fraude” sentida por alguns. 

Trata-se de uma assimilação realizada pelo próprio indivíduo que se enxerga como um profissional fajuto, com falsa capacidade intelectual e fraudulento.

Síndrome do impostor: entenda a definição

A desordem de autopercepção ainda não foi classificada no CID (Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde), mas conforme a neuropsicóloga Keli Rodrigues, da MED MAIS, a síndrome pode ocorrer em pessoas que possuem fortes tendências a autossabotagem. 

O sujeito que sofre com esta síndrome sente que seu desempenho é insuficiente e que atua com incompetência na produção do seu trabalho. 

A pré-disposição a autossabotagem leva os indivíduos a desmerecer seus próprios esforços. A síndrome do impostor pode advir de uma série de cicatrizes emocionais, além disso, insegurança e baixa-autoestima são fatores que contribuem para o desprestígio do indivíduo consigo. 

Segundo Fabrício Nogueira, especialista em inteligência emocional, um fator que pode contribuir para a síndrome de impostor é a cobrança excessiva durante a infância, muitas pessoas afligidas pela síndrome não conseguem assimilar conquistas e bons resultados, com base no especialista, consideram estes sorte e nunca fruto dos seus esforços. 

Síndrome do impostor e o trabalho

Pessoas tímidas colocadas em situação de convívio social também podem desenvolver a síndrome. A neuropsicóloga, Keli Rodrigues afirma que a falta de autoconsciência pode criar problemas para o sujeito em seu ambiente de trabalho. 

Mesmo sendo dotado das capacidades para exercer certa função, o sujeito acaba criando formas de se sabotar. Por não acreditar ser suficiente ou capaz de desenvolver algum trabalho o profissional se coloca para baixo, impedindo algum possível crescimento. 

Conforme o especialista Fabrício Nogueira explica, quem sofre com a síndrome do impostor acredita estar no ambiente errado. Não se sente pertencido ao espaço de trabalho, a leitura do indivíduo é de inadequação. Sente-se uma fraude ou um impostor, incapaz de exercer certas funções. 

Ambientes altamente competitivos são gatilhos para quem possui essa desordem de autopercepção.

A pessoa além de se sentir incapaz também não se sente merecedora de reconhecimento. 

Sinais da síndrome do impostor

Existem alguns sinais para identificar o desenvolvimento da síndrome do impostor, é impostante se manter em alerta caso esses indícios sejam identificados.

A procrastinação é um desses sinais, muitos não sabem, mas a procrastinação pode ser fruto da insegurança do sujeito, a falta de crença na capacidade de realizar uma ação ou trabalho é um dos motivos que promove a procrastinação de muitos.

Autossabotagem é um dos fatores que causam a fuga de muitos trabalhadores que sofrem com a síndrome, são criados diversos mecanismos para sabotar o próprio desenvolvimento no ambiente de trabalho.

Pessoas amarguradas, acostumadas a se desmerecer são vítimas da síndrome do impostor, esse comportamento típico faz com que muitos não aceitem o seu próprio crescimento ou merecimento. 

Esse tipo de comportamento faz com que os indivíduos não aceitem os elogios emitidos por terceiros, a falta de crença em si, pode afetar as relações sociais. 

A comparação e a autocrítica exacerbada são indícios da síndrome do impostor, o sujeito acaba se desligando da realidade para enxergar apenas os pontos negativos ou erros advindos do seu trabalho. A comparação em excesso contribui para o sentimento de incapacidade e falsidade.

Caso algum desses sinais ou sintomas sejam identificados, é recomendada a procura de um profissional qualificado, apesar de ainda não ter sido classificada pelo CID, a síndrome do impostor tem impactado negativamente a vida de muitos trabalhadores. 

O acompanhamento profissional auxilia na abertura da percepção de si e do mundo. 

Iana Filizola

Bacharelado em filosofia pela UnB, trabalha com a escrita profissional há cerca de dois anos. Tendo iniciado a carreira como redatora de conteúdos para “web”, integra a equipe do Jornal Contábil desenvolvendo temas informativos e factíveis sobre o cenário atual.

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