Você já se sentiu uma enganação? Uma pessoa que não é digna dos elogios que recebe ou do cargo que exerce?
Essas duas sensações, dentre outras, atormentam muita gente, e são mais comuns do que você imagina. Elas podem indicar a síndrome do impostor, um mal presente na vida de muitos empreendedores e outros profissionais.
Fenômeno psicológico em que o indivíduo acredita que suas conquistas não são adequadas e que seus méritos são uma fraude, por mais bem-sucedido ou capaz que ele seja.
Para que você entenda como a ela ataca, veja um exemplo real: há alguns anos, a atriz, famosa pela franquia Harry Potter, Emma Watson, em entrevista para o site Rookie, contou que “Quanto melhor eu me saio, maior é o meu sentimento de inadequação, porque acredito que a qualquer momento, alguém vai descobrir que não mereço nada do que eu ganhei”.
Parece um sentimento de desejar melhorar ou de sempre querer se adaptar, certo? Mas a síndrome do impostor é uma mistura de ansiedade com insegurança, que resulta em comportamentos de defesa e de enfrentamento.
Há também doses de comparação. Você acredita que outra pessoa seja sensacional e tudo o que ela faz é maravilhoso, enquanto você… você está aí, sendo uma fraude. É um pensamento muito comum e que atrapalha sua qualidade de vida profissional e, em muitos casos, até mesmo a pessoal. Bom, e como identificar os sinais dessa autossabotagem?
Ficou curioso para saber se a autossabotagem anda te assombrando? Então, veja alguns indícios de que você precisa fazer algo para mudar a sua postura.
PS: caso você se identifique com algum, não se desespere. No próximo tópico, você encontrará boas dicas para aplicar em seu dia a dia e evitar essa situação, ok?
Um dos sinais mais claros: a procrastinação por vezes se confunde com a preguiça, mas, na verdade, esconde o medo da falha.
A melhor maneira de perder esse sentimento é dar pequenos passos até realizar alguma atividade. Se algo der errado, encare e aperfeiçoe o processo. Mas não disfarce a procrastinação. Encare suas responsabilidades.
Esse sinal é uma consequência do medo da crítica. Nesse caso, a pessoa com síndrome do impostor usa de artifícios como “estou em processo de aperfeiçoamento”, “estou apenas experimentando”, sem encarar um possível erro.
É preciso reconhecer que uma possível crítica pode ser bem-vinda e acreditar que ela pode ser uma ferramenta de melhoria. É encarar o desafio e seguir!
O carisma, claro, é algo positivo. Mas, pode indicar sim uma autossabotagem.
Quando um elogio ou um resultado positivo — surge, você acredita que ele veio somente porque é uma pessoa querida.
Bom, as suas habilidades sociais podem sim ser algo que te leva ao sucesso, mas não é só isso. É preciso aceitar o retorno positivo e reconhecer-se como alguém habilidoso.
Você já leu sobre isso neste post e vale a pena reforçar esse sinal. Esse sinal acontece quando a pessoa acredita que jamais vai conseguir o sucesso da outra. E, por isso mesmo, entende que o seu próprio trabalho é inferior, criando uma barreira para um possível trabalho positivo.
O workaholic é outro sintoma muito claro dessa síndrome. Geralmente, quem procura trabalhar muito tenta minimizar a sua ansiedade perante uma possível incapacidade de fazer algo bom. Em outros casos, o profissional tem medo de ficar parado, imaginando que precisa ser produtivo o tempo todo.
Essas pessoas que disfarçam sua autossabotagem no vício em trabalho estabelecem grandes metas em suas jornadas profissionais, mas não ligam para o esforço desempenhado, apenas se sentem incompetentes por não atingi-las.
Ainda que os profissionais com esse mal se esforcem no que fazem, eles não conseguem deixar de lado aquela zona de conforto: não se arriscam em processos novos ou de atuar em outra área.
A lógica disso é que elas acreditam que já são um insucesso no que dominam. Se for atuar em outra coisa, o fracasso é certo. O que é um erro, não acha?
Aqui há uma confusão com a modéstia. Tem gente que, de fato, se sente tímida para celebrar uma conquista. Mas quem possui a síndrome do impostor acredita que o sucesso em algo foi fruto da sorte. E o pior, acham que jamais poderão repetir esse rendimento.
Parece algo inacreditável, não é? Mas faz sentido ao entrar na lógica das pessoas com síndrome do impostor: elas se acham inferiores, incapazes no trabalho… logo, elas não mereceriam um aumento de salário.
Ainda que sejam profissionais qualificados, que possuem boas entregas, a insatisfação no que fazem é grande. Porém, não há nenhuma tentativa de mudança: seja de cargo ou de emprego. Justamente por estarem numa zona de conforto (lembra que é outro sinal?) ou que não sejam capazes de realizar outras tarefas.
Com todos esses sinais que você viu listados ao longo deste texto, deu para perceber que a síndrome do impostor é algo ruim para o desenvolvimento profissional, certo? Por isso, é muito importante tentar se livrar dela.
Mas isso não é algo que acontece do dia para a noite. É algo que requer um esforço pessoal, mas, se ao final dessas dicas, você sentir que isso não é o bastante, talvez seja necessária uma ajuda profissional.
Então, confira algumas técnicas para praticar agora mesmo:
A comparação é um dos principais sinais da autossabotagem. É preciso saber que a pessoa na qual você se compara pode ser apenas uma fachada e seu exterior não reflete o seu interior. Tente não se comparar, mas se inspirar nessa pessoa. Mas lembrando sempre que ela não é perfeita e, sim, pode cometer falhas.
Todo mundo, seja no trabalho ou na vida pessoal, comete falhas. O fracasso é parte da jornada do sucesso, e é preciso reconhecer isso. Use as suas falhas ou as críticas recebidas como motivação de um processo de aperfeiçoamento.
Ser confiante não é apenas acreditar em si. É mais: é transparecer isso. Vista-se de uma maneira que te agrada, que você acredita te deixar mais incrível! Além disso, ande sempre de cabeça erguida, ereto e sorria! Seja essa pessoa com autoestima e mostre isso a todos!
Sabe de algo incrível que você usa muito para trabalhar? Fale isso para um amigo!
Uma outra pessoa quer compartilhar isso com você? Ótimo: escute, aprenda, pergunte como fazer aquilo em seu trabalho. Troque experiências e crie um know-how incrível. Use essas informações sempre que puder!
Lembre-se sempre que a falha é uma parte da melhoria! Procure o que te levou a falhar, revise processos, pesquise como otimizar e o melhor: tire lições positivas de algo negativo. Escutou uma crítica? Use isso como motivação de um próximo resultado positivo!
A autoconfiança é a melhor arma contra a autossabotagem! É claro que você deve evitar um vislumbre muito grande, mas nada capaz de te desestimular. Seja gentil com você mesmo, reconheça erros, mas principalmente os acertos. A síndrome do impostor é mais comum do que se possa imaginar, por isso, nada de dar armas para ela.
Se você se identificou com algumas características – ou conhece alguém que as possua – fale aqui nos comentários. Se tiver alguma experiência positiva contra esse mal, melhor ainda: compartilhe aqui com os demais leitores!
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Após minha primeira quinzena de trabalho,sim adquiri todos esses sinais(sintomas).No meu novo trabalho vários antigos funcionários foram dispensados,então já entrei sendo aquela que tomou o lugar do outro colega.
A área hospitalar é cheia de intrigas e comparações, etc...
Trabalho em uma clínica psiquiátrica, onde preciso suportar muita carga psicológica,não por parte dos pacientes mas sim dos colegas.Eu tento deixar o ego de lado,tento aceitar as críticas ,mas é um ambiente tóxico. Não quero me comportar como uma pessoa fraca,mas as vezes minha energia é completamente drenada.
Muitas vezes me sinto aturdida pelas críticas constantes,pelas comparações, pelas palavras carregadas de ódio.Sim as vezes me pego me auto sabotando, me perguntando se realmente sou tão incompetente quanto estão tentando me fazer acreditar.