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No mundo profissional altamente competitivo em que vivemos, não basta ter um currículo recheado de experiências e habilidades técnicas. Cada vez mais, empresas e recrutadores valorizam um conjunto de competências conhecidas como soft skills, que englobam habilidades sociais e emocionais. Duas delas se destacam como essenciais para o sucesso profissional: empatia e inteligência emocional.
A empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro e tentar sentir o que ele está sentindo, e a inteligência emocional, a habilidade de reconhecer e gerenciar nossas próprias emoções e as emoções dos outros, têm se mostrado determinantes para a ascensão na carreira e o estabelecimento de relacionamentos positivos no ambiente de trabalho.
Segundo Alice Salvo Sosnowski, especialista em soft skills, ambas as emoções são cruciais para o ambiente de trabalho atual, desempenhando um papel fundamental na capacidade de lidar com situações de estresse e pressão, além de auxiliar na resolução de conflitos e na tomada de decisões mais equilibradas.
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“A empatia, entendida como a habilidade de compreender outras pessoas, é uma característica presente nos principais líderes e é uma forma de lidar com colaboradores criando uma conexão necessária nas atuais relações de trabalho”, explica. Sem elas, os profissionais tornam-se pessoas difíceis de se relacionar, que não compreendem o ponto de vista alheio e não conseguem chegar a soluções conjuntas satisfatórias.
“Isso faz com que o profissional perca contratos, trabalhos e tenha relações conflituosas com seus colegas, superiores ou subordinados. Ou seja, torna o trabalho bem difícil de ser realizado”, ressalta.
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Para a especialista, essas soft skills podem e devem ser aplicadas em diversas situações do cotidiano profissional. A empatia pode ser aplicada por meio da escuta ativa e na compreensão de outros pontos de vista. Já a inteligência emocional ajuda na promoção de diálogos, o que evita conflitos.
“Como orientadora de habilidades comportamentais, já presenciei e ajudei diversos profissionais nessas ‘conversas difíceis’. Uma delas foi no término de uma sociedade, onde tivemos que colocar na mesa todas as diferenças dos três sócios e achar pontos em comum para que a empresa fosse fechada sem prejuízos financeiros, morais e emocionais. Foi um momento difícil, mas que foi contornado com o uso de técnicas e estratégias para a comunicação”, conta a mentora em habilidades interpessoais voltadas para o mercado de trabalho.
Contudo, desenvolvê-las não é uma tarefa fácil. É necessário autoconhecimento e disposição para aprimorar essas competências, pois ao entender seus próprios valores, crenças e emoções, o profissional dá um passo à frente para compreender o outro e desenvolver relações empáticas e saudáveis. "É claro que o autoconhecimento é desafiador, mas tem a vantagem de ser iniciado em qualquer idade, além disso, não tem fim, pois somos seres dinâmicos", completa.
Confira algumas dicas valiosas para aprimorar suas habilidades de empatia e inteligência emocional:
Preste atenção ao que as pessoas estão dizendo e tente entender o ponto de vista delas.
Tente entender como a outra pessoa se sente em relação a determinada situação.
Preste atenção nas expressões faciais e na linguagem corporal das pessoas.
Tente controlar seus sentimentos e não deixe que eles afetem suas decisões.
Aprenda a se comunicar de forma clara e objetiva, sem agredir as outras pessoas.
Se você está com dificuldades para desenvolver a empatia e inteligência emocional, busque ajuda de um profissional.
Por Alice Salvo Sosnowski, fundadora da consultoria O Pulo do Gato e autora do livro "Empreendedorismo para Leigos".
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