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Startups: Por que elas se sobressaíram na pandemia?

por Esther Vasconcelos
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Imagem por @creativeart / freepik

Os números da pandemia de Covid-19 assustam. Os de mortes, os de casos, os da crise. Mas, na contramão das notícias negativas, aparecem as startups, que conseguiram provar a sua força neste período de instabilidade econômica.

Os investimentos nelas continuaram, mesmo com a maioria das apostas apontando para o contrário.

O primeiro semestre pode até, de fato, ter sido menor em relação a valores investidos que o mesmo período do ano passado.

Mas que houve um aumento no número de negócios e transações, houve. É o que garante Edson Mackeenzy, investidor de Startups e mentor de Negócios.

Segundo ele, alguns fatores explicam esse movimento de crescimento. Primeiro é que muitas empresas que investem em startups já tinham levantado fundos para isso antes do início da pandemia.

E como esses montantes não são para acumular dinheiro, mas sim investir, os investimentos foram mantidos apesar do momento crítico. 

Outro fator que Mack, como é conhecido, aponta é que, com a taxa Selic menor, o dólar em alta e o mercado incerto, investir em negócios inovadores, que resolvem problemas existentes e urgentes, apareceu como uma opção para aqueles que ainda não investiam em startups.

“Vale lembrar que empresas maiores costumam ter mais processos, o que impede a possibilidade de mudanças rápidas em um cenário como o que estamos vivendo”, afirma. 

Mais um atrativo das startups é que a maioria já estava adaptada a trabalhar em home office, a lidar com equipes reduzidas e orçamento enxuto.

Ou seja, enquanto muitas empresas precisaram se adaptar à nova realidade, as startups já faziam parte dela.

Outro ponto positivo é que o ciclo e jornada de uma startup é de oito anos, em média. Então os investidores entendem que a crise irá passar e aproveitam o momento para encontrar boas oportunidades. 

E tem mais. De acordo com o especialista, investimentos nos estágios anjo e pré-seed costumam ser feitos com valores e aportes menores, pulverizados em grande parte por pessoas físicas que têm mais disposição ao risco, com independência de decisão e também mobilidade financeira.

Por isso, foi mais rápida a adaptação na pandemia e na alocação de investimentos para as startups.

Mack destaca que na recessão de 2008 nos Estados Unidos, a curva de recuperação dos investimentos no estágio SEED teve muito mais velocidade que a dos demais estágios.

O mentor de negócios também lembra que, embora alguns setores tenham sofrido com a pandemia, outros puderam crescer.

“Foi frequente a aparição de empreendedores apresentando ótimas ideias de negócios nesses meses.

Isso fez com que não só o primeiro semestre tenha sido bom para a ‘classe’, como o segundo semestre comece com uma expectativa boa pela frente”, conclui. 

Por Edson Mackeenzy é investidor de Startups e mentor de negócios em busca de escalabilidade, aceleração e internacionalização. 

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