Se você está planejando financiar um imóvel pela Caixa Econômica Federal, é bom ficar atento: a partir de 1º de novembro de 2024, as regras para concessão de crédito imobiliário vão mudar. E, como sempre, tem notícia boa e tem notícia que pode apertar um pouco o orçamento de quem quer comprar a casa própria. Mas calma! Vamos explicar tudo de um jeito simples e direto.
Entrada maior e financiamento menor
A Caixa decidiu aumentar a entrada mínima exigida para quem pretende financiar imóveis pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Se antes dava para financiar com 20% de entrada no sistema de amortização constante (SAC), agora esse percentual sobe para 30%. Já no sistema Price, onde as parcelas são fixas, o aumento foi ainda mais expressivo: de 30% para 50%. Ou seja, será preciso juntar mais dinheiro antes de fechar negócio.
Além disso, quem já tem um financiamento habitacional ativo com a Caixa não poderá pegar um segundo empréstimo para compra de imóvel. Isso pode ser um problema para quem pretende investir em um segundo imóvel ou trocar de casa.
Limite no valor dos imóveis em financiamento
Outra mudança importante é o teto no valor dos imóveis que podem ser financiados pelo SBPE. Agora, a Caixa só financia imóveis de até R$ 1,5 milhão nessa modalidade. Antes, pelo Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), não havia esse limite. Então, para quem está de olho em imóveis mais caros, o financiamento pode ficar mais difícil.
Mas nem tudo são más notícias! Se você está comprando um imóvel na planta de um empreendimento que já tem financiamento com a Caixa, as condições atuais serão mantidas. Isso porque as mudanças valem apenas para novos contratos e não afetam os financiamentos já aprovados para construtoras e incorporadoras.
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Por que essas mudanças?
A Caixa justificou as novas regras dizendo que a demanda por financiamento habitacional cresceu muito e os recursos disponíveis para crédito imobiliário poderiam não ser suficientes para atender a todos. Apenas até setembro de 2024, a Caixa já concedeu R$ 175 bilhões em financiamentos imobiliários, um aumento de 28,6% em relação ao mesmo período de 2023. O banco, que detém quase metade do mercado de financiamentos do SBPE, precisou apertar o cinto para manter a oferta de crédito sustentável.
Outro fator que pesou na decisão foi a saída de recursos da caderneta de poupança, que é a principal fonte de financiamento habitacional do país. Em setembro, segundo o Banco Central, os saques superaram os depósitos em R$ 7,1 bilhões, o maior volume do ano. Com menos dinheiro na poupança, a Caixa tem menos recursos para emprestar.
O que esperar para 2025?
E agora, essas mudanças são definitivas? Ainda não se sabe. Tudo vai depender do orçamento de crédito habitacional do banco para 2025 e das condições do mercado. Pode ser que parte dessas restrições sejam flexibilizadas no futuro, mas, por enquanto, o recado da Caixa é claro: quem quer financiar um imóvel precisa estar preparado para dar uma entrada maior e ter um planejamento financeiro ainda mais cuidadoso.
Então, se você está no processo de compra de um imóvel, a dica é se organizar, avaliar bem as condições de financiamento e, claro, ficar de olho nas próximas movimentações do mercado. Qualquer novidade, a gente conta para você!