O primeiro-ministro publicou (22) em seu perfil na rede social Twitter, a informação sobre o agendamento de uma reunião com a cúpula do G7.
A reunião que deverá acontecer na próxima terça-feira (24), onde devem ser discutidas algumas medidas para amenizar a crise humanitária que tem tomado forma no país da Ásia-Central.
Crise humanitária à vista
Com a tomada de governo pelos extremistas do grupo fundamentalista Talibã, muitos afegãos deixaram de se sentir seguros em sua própria nação.
Desde o fim de semana passado as forças do Talibã vem ganhando terreno e estabelecendo seu governo sobre o povo afegão.
Imagens desesperadoras tem circulado pelos noticiários do mundo. Cenas de refugiados tentando encontrar de todas as formas um jeito de sair da região.
O temor da população é de que o Talibã resolva assumir novamente a leitura fundamentalista da doutrina do Islã. A interpretação feita pelo grupo extremista priva e desmantela muitos direitos civis conquistados a duras penas.
Reunião do G7
No último domingo (22), Boris Johonson, primeiro ministro do Reino Unido anunciou pelo twitter o agendamento de uma reunião entre os líderes das maiores potencias industrializadas do mundo.
O G7 é formado pelo Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Japão, Estados Unidos e Canadá.
A reunião será realizada pela internet, segundo Boris, a intenção é discutir a crise humanitária que tem tomado forma no país afegão.
“Eu vou reunir os líderes do G7 na terça-feira para uma conversa urgente sobre a situação do Afeganistão. É vital que a comunidade internacional trabalhe em conjunto para garantir evacuações seguras, prevenir uma crise humanitária e ajudar o povo afegão a assegurar as conquistas dos últimos 20 anos”, afirmou na mensagem publicada no Twitter.
As tropas americanas começaram a deixar o país em um ritmo acelerado no último mês de julho, antes da total retirada das tropas, os extremistas vinham ganhando território até a ofensiva relâmpago que aconteceu no fim de semana passado (15).
Ofensiva talibã
Após 20 anos de ocupação americana, o Talibã recuperou o controle sobre o Afeganistão. Em uma rápida ofensiva empreendida no domingo passado (15), o grupo conseguiu assumir o controle da capital Cabul.
O presidente Ashraf Ghani deixou o país e se refugiou nos Emirados Árabes, o vice-presidente Amrullah Salleh se refugia com a resistência afegã no Vale de Panshir a duas horas de distância da capital Cabul.
Na última semana foram registradas cenas tristes de uma população desesperada em busca de resgate.
Um avião chegou a transportar 800 passageiros que buscavam deixar a região.
O grupo extremista fundamentalista denominado Talibã, já anunciou que não será mantido um governo democrático. A intenção é implementar a lei islâmica interpretada pelos fundamentalistas.
A medida vai por fim a vários direitos civis, adquiridos nos últimos 20 anos, quem mais deverá sofrer com as mudanças são as mulheres afegãs que deverão deixar de frequentar escolas e universidades, além de ter que abandonarem seus cargos para viver sob o regime instaurado pelo grupo extremista.
O primeiro-ministro do Reino Unido busca discutir formas de assegurar a retirada segura dos cidadãos que desejarem deixar a região.
A situação hostil fez com que muitos afegãos se amontoassem ao redor do aeroporto de Cabul na tentativa de deixar o país. Na semana passada uma pessoa caiu de um avião da Força Aérea americana que tentava fazer a retirada de alguns refugiados.
No último sábado (21), sete pessoas acabaram morrendo devido a tumultos ocorridos na região onde a multidão se aglomera, próximo ao aeroporto de Cabul.