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Dólar em destaque: Mercados iniciam a semana com leve valorização

por Leonardo Grandchamp Publicado: 22/01/2024

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Nesta segunda-feira (22), os mercados financeiros iniciaram o dia com o dólar em destaque. Às 9h30, a moeda norte-americana registrava uma valorização de 0,18%, sendo cotada a R$ 4,9359. Esse movimento segue uma leve recuperação, contrastando com as baixas observadas na última semana.

O cenário internacional destaca-se com a expectativa em torno das decisões de juros na Europa e no Japão. Além disso, os investidores estão atentos aos próximos resultados corporativos nos Estados Unidos, buscando insights sobre o desempenho das grandes empresas do setor tecnológico.

No Brasil, as atenções estão voltadas para o desenrolar da última Medida Provisória (MP) enviada pelo governo, visando à ampliação da arrecadação. Paralelamente, aguarda-se a sanção do Orçamento de 2024, sendo ambos fatores de relevância para os agentes do mercado.

No campo político-econômico doméstico, discute-se a possível revogação da MP que restabelece a tributação sobre a folha de pagamentos. O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, mencionou um acordo para que o governo retire esse trecho, aliviando setores da economia.

Outro ponto de destaque é a sanção do Orçamento para 2024, agendada para esta segunda-feira. O presidente Lula vetará cerca de R$ 5,4 bilhões em emendas de comissão, buscando ajustar o orçamento de acordo com as prioridades estabelecidas.

Na esfera internacional, o Banco Central Europeu (BCE) terá decisões sobre as taxas de juros na próxima quinta-feira, com expectativas de manutenção. As sinalizações do BCE têm sido observadas de perto, considerando tanto a possibilidade de ação prematura quanto os desafios econômicos enfrentados pela região.

Este início de semana também traz a expectativa dos resultados financeiros trimestrais das gigantes tecnológicas nos Estados Unidos. O calendário econômico global inclui temas como a política monetária na Zona do Euro, prévia da inflação brasileira, Produto Interno Bruto (PIB) e índice de preços PCE nos EUA.

Em resumo, o ambiente econômico e político internacional e doméstico está dinâmico, com diversos fatores influenciando os mercados e demandando a atenção de investidores e analistas.

Publicado: 22/01/2024 0 comentários

Chamadas Investimentos News Yahoo

Ibovespa opera em queda no 1º pregão do ano; dólar sobe

por Leonardo Grandchamp Publicado: 02/01/2024

Escrito por: Leonardo Grandchamp 4 minutos ler

No início do primeiro pregão de 2024, o Ibovespa, o principal índice acionário da Bolsa de Valores brasileira (B3), registra uma queda, enquanto o dólar apresenta alta nesta terça-feira (2).

O dia se caracteriza por um noticiário ainda lento, mas os mercados iniciam em terreno negativo devido ao avanço das Treasuries americanas. A expectativa está voltada para a ata da reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, que será divulgada nesta semana.

A seguir, confira um resumo dos movimentos nos mercados:

Dólar:

Às 12h, o dólar operava em alta de 0,64%, cotado a R$ 4,8834.

No último pregão de 2023, a moeda norte-americana encerrou com aumento de 0,41%, atingindo R$ 4,8525. Entretanto, ao longo do ano, registrou um recuo de 8,06%.

A máxima histórica foi em 13 de maio de 2020, quando alcançou R$ 5,9007. Desde então, acumula uma queda de quase 18%.

Desempenho recente:

Queda de 0,17% na semana;

Recuo de 1,28% no mês;

Perda de 8,06% no ano.

Ibovespa:

No mesmo horário, o Ibovespa operava com uma queda de 0,44%, atingindo 133.593 pontos.

No último pregão de 2023, o índice fechou com uma ligeira baixa de 0,01%, situando-se em 134.185 pontos. No acumulado do ano, a bolsa registrou um ganho de mais de 22,28%.

Esse é o melhor desempenho anual desde 2019, quando o índice teve um aumento acumulado de 31,58%.

Desempenho recente:

Alta de 1,08% na semana;

Ganho de 5,38% no mês;

Alta de 22,28% no ano.

Destaques e Tendências:

O Banco Central divulgou o primeiro boletim Focus de 2024. As projeções do mercado financeiro indicam que o Brasil encerrará o ano com inflação de 3,9%, crescimento econômico de 1,52% e o dólar cotado a R$ 5. As previsões permanecem estáveis em relação à última edição do Focus.

A lei que regulamenta o mercado de apostas esportivas online no Brasil, conhecidas como bets, foi sancionada pelo presidente Lula no último dia 31. A tributação dessas atividades deve destinar pelo menos R$ 10 bilhões aos cofres públicos, conforme cálculos iniciais do Executivo.

No cenário internacional, observa-se um reforço global do dólar e um aumento nos rendimentos das Treasuries americanas. A expectativa se concentra na ata do Federal Reserve (Fed), que será divulgada nesta semana. Além de impactar a cotação do dólar, esse fenômeno eleva as taxas de juros futuras nos Estados Unidos.

O relatório de emprego dos EUA (“payroll”) é destacado como o principal indicador da semana, fornecendo mais insights sobre a situação econômica do país e sinalizando as possíveis decisões do Fed em relação às taxas de juros americanas.

Publicado: 02/01/2024 0 comentários

Chamadas Investimentos News Yahoo

Veja como está o Ibovespa hoje!

por Leonardo Grandchamp Publicado: 27/12/2023

Escrito por: Leonardo Grandchamp 6 minutos ler

O Ibovespa parece estar adotando uma performance digna de um atleta de alto rendimento. Pelo terceiro dia consecutivo, o principal índice de ações da bolsa brasileira renovou seu recorde de fechamento, marcando um novo patamar acima dos 133 mil pontos pela primeira vez na história, mesmo em uma terça-feira com características de segunda.

Ignorando a possibilidade de uma realização de lucros, o Ibovespa encerrou as operações em alta. Simultaneamente, o dólar atingiu o valor de R$ 4,82, registrando seu nível mais baixo desde agosto.

Em meio à agenda esvaziada neste período do ano, os investidores continuam reagindo à perspectiva de alívio monetário nos Estados Unidos e à possibilidade de a Selic atingir 9,00% ao ano até o final de 2024, conforme indicado pela pesquisa Focus divulgada ontem.

Se a terça-feira teve ares de segunda, a quarta-feira se assemelha a uma quinta-feira, já que amanhã será o último pregão da B3 antes do recesso de fim de ano. Apesar da resistência dos investidores em realizar lucros e dos gestores otimizarem suas carteiras, o volume de negociações na bolsa diminui a cada dia, com a sessão de ontem apresentando aproximadamente metade do volume de um dia típico.

Diante de uma agenda esvaziada, a expectativa agora recai sobre as medidas alternativas elaboradas pelo governo para compensar a desoneração da folha de pagamento. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está finalizando as propostas em colaboração com a Casa Civil e promete divulgar os detalhes entre hoje e amanhã.

O que você precisa saber hoje

ERRO PARA CELEBRAR

É gratificante quando as previsões dos economistas se mostram equivocadas, especialmente quando as projeções para 2023 na Focus indicavam um cenário pior. Ao comparar as estimativas da primeira edição deste ano com as mais recentes, percebemos que o ano caminha para um desfecho mais positivo do que inicialmente esperado.

A BAIXA NOS COMBUSTÍVEIS

A Petrobras (PETR4) anunciou uma nova redução nos preços do diesel, resultando em um aumento nas ações na B3; confira o novo valor do combustível. A partir desta quarta-feira (27), o diesel ficará R$ 0,30 por litro mais acessível para as distribuidoras.

GESTO GENEROSO

Em um ato de generosidade, o bilionário Marcel Telles optou por doar toda a participação na AB InBev para seu filho. A empresa detém marcas renomadas como Budweiser e Stella Artois, sendo avaliada em mais de US$ 112 bilhões, ou R$ 540,7 bilhões na cotação atual.

ÚLTIMA MOVIMENTAÇÃO DO ANO?

A Allos (ALOS3) conclui a venda de um conjunto de shoppings para o fundo imobiliário VISC11; os desinvestimentos da empresa ultrapassam R$ 1 bilhão em 2023. Conforme comunicado, a empresa formalizou um memorando de entendimentos para a venda de participações em seis imóveis por R$ 442,8 milhões.

RETROSPECTIVA DO ANO

Analise as maiores valorizações e quedas de 2023 no mercado de criptomoedas, com destaque para um ativo que subiu mais de 9.000%. Entre as maiores perdas deste ano, uma criptomoeda específica registrou uma queda superior a 50%.

LOTERIAS

Lotofácil e Quina acumulam, mas o foco agora está na Mega da Virada. Com a Lotofácil retornando do Natal sem premiações milionárias, saiba como aumentar suas chances na Mega da Virada.

CENÁRIO INTERNACIONAL

Diante de um ambiente geopolítico complexo, observa-se mais um desenvolvimento que pode influenciar a situação na Europa. Questões relacionadas a invasões e desejos de integração a alianças ocidentais estão em destaque.

MOVIMENTAÇÕES CORPORATIVAS

A Vivo (VIVT3) planeja cancelar 10 milhões de ações em tesouraria. O conselho de administração aprovou o cancelamento de aproximadamente 10,97 milhões de ações ordinárias, correspondendo a 0,66% do capital social da Vivo.

APOIO DURANTE CONFLITOS

Houve uma decisão notável de apoio financeiro em meio a um cenário de conflito. Israel optou por doar US$ 3,2 bilhões para uma empresa de tecnologia, gerando impactos positivos nas ações da fabricante de chips norte-americana.

INVESTIMENTOS EM ENERGIA

A Enauta adquire por R$ 729 milhões a participação da Qatar Energy na Bacia de Campos. Esta transação representa a segunda compra da Enauta em uma semana, com um desembolso de US$ 150 milhões na assinatura do contrato.

ACORDO BILIONÁRIO

O valor das ações de uma farmacêutica duplica em um dia devido a um acordo bilionário nos Estados Unidos. O desempenho robusto dos papéis está associado à notícia de que a RayzeBio será adquirida pela Bristol Myers por US$ 4,1 bilhões.

Publicado: 27/12/2023 0 comentários

Chamadas Investimentos

Investimentos em tempos de incerteza: Como evitar perdas durante a queda do mercado de ações?

por Gabriel Dau Publicado: 21/08/2023

Escrito por: Gabriel Dau 6 minutos ler

O Ibovespa , principal índice da bolsa brasileira, engatou uma sequência histórica de baixas neste mês, fechando no negativo em 13 pregões consecutivos até o dia 17 de agosto. A queda da bolsa pode assustar o pequeno investidor, mas especialista ouvido pela Inteligência Financeira recomenda calma. O que não significa (necessariamente) não fazer nada, mas sim estudar até uma eventual mudança de portfólio com base na razão, não na emoção.

Antes de mais nada, é importante entender por que a bolsa está caindo, se são fatores internos ou externos que estão pesando na conta. De acordo com André Luiz Rocha, operador de renda variável da Manchester Investimentos, a causa principal está lá do outro lado do mundo, na China.

O que a crise da China tem a ver com a bolsa do Brasil?

“As notícias da China sobre a atividade econômica, sobre a situação da construção civil e das empresas preocupam”, explica Rocha. Ele cita notícias de que empresas chinesas estão em dificuldades para honrar pagamentos. Mesmo que exista uma garantia estatal, o sinal é ruim. “Isso mostrou para o mercado que a China tem esse risco não só de bolha imobiliária mas também de uma menor demanda no setor da construção civil no geral”, prossegue.

O operador da Manchester Investimentos cita ainda a alta nos juros de títulos dos Estados Unidos. Com maior aversão ao risco, o capital estrangeiro deixa mercados como o brasileiro e aproveita as condições tidas como mais seguras da economia americana.

“A fuga de capital estrangeiro da bolsa teve muito a ver com a alta dos juros nos Estados Unidos. O investimento está sendo atraído para a renda fixa americana, que é considerada um investimento quase que sem risco”, diz.

Bolsa em queda: o que fazer com os seus investimentos

De acordo com André Luiz Rocha, a primeira coisa é reforçar a importância de alinhar a carteira ao seu perfil de investidor e a sua tolerância ao risco. Uma carteira diversificada tanto no geral quanto dentro do mercado, com aplicação em diferentes empresas de diversos setores.

“É importante que o cliente esteja em mais de um setor, posicionado com pesos diferentes em ações que tendem a capturar o cenário do mercado. Dentro do perfil de cada cliente, privilegiar um cenário de diversificação e que o deixe confortável com a sua alocação atual”, sugere.

Quedas tão sucessivas na bolsa assustam, mas o melhor para quem investe pensando no longo prazo pode ser inclusive não fazer nada. “O investidor que analisou os fundamentos, escolheu essas empresas pensando no longo prazo porque lucram de forma recorrente, mirando dividendos, vai precisar ter paciência nas crises, que são cíclicas e passageiras”, afirma.

Como reavaliar seu portfólio e proteger sua carteira de investimentos

A atual queda da bolsa pode ser, como dissemos, um momento apenas de paciência e resiliência como pode também ser uma oportunidade para repensar algumas alocações.

“A reavaliação de portfólio é sempre bem-vinda e é importante de ser feita de tempos em tempos”, avalia André Rocha, que sugere três meses como um prazo saudável para reavaliações. “Sempre fazendo uma autoanálise de porque escolher determinada empresa, do que se espera de cada investimento.”

De acordo com o especialista, isso acontece porque o cenário econômico muda, o cenário das empresas muda e alguns ajustes podem ser pertinentes. “Algumas empresas se beneficiavam por um IPCA mais alto, por exemplo. Se a inflação está caindo pode ser um momento para rever. Ou mesmo retirar investimento de empresas que começam a aparecer mais alavancadas”, exemplfica.

Mesmo no caso atual, envolvendo a China. A crise chinesa afeta mais algumas empresas que outras, sendo que parte da queda do Ibovespa se explica, por exemplo, pelo impacto sobre ações empresas de commodities, como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3; PETR4) sobre o principal índice da B3.

Há ainda as chamadas ações defensivas, as ações de empresas que atuam em setores fundamentais da economia e são um costumeiro porto seguro para os investidores. Saiba mais sobre essas ações no vídeo abaixo, com a entrevista de Gilvan Bueno, gerente educacional da Órama Investimentos, para a Inteligência Financeira.

Fonte: Inteligência Financeira

Publicado: 21/08/2023 0 comentários

Investimentos News Yahoo

No longo prazo como o Brasil pode atrair investidores estrangeiros ?

por Gabriel Dau Publicado: 20/11/2020

Escrito por: Gabriel Dau 3 minutos ler

Os investidores brasileiros voltaram com força à bolsa brasileira nos últimos dias.

Com Biden eleito presidente nos Estados Unidos e notícias positivas em relação à vacina contra a Covid-19, os investidores saíram em busca de boas oportunidades no Brasil.

Mas esse movimento pode ter um prazo de validade.

Para conquistar investimentos por longo prazo, será preciso que o governo realize uma série de medidas que indiquem que o país está caminhando para uma recuperação econômica de fato.

Um relatório da Instituição Fiscal Independente (IFI), publicado pelo E-Investidor, mostra que seria possível abrir espaço de R$ 40,4 bilhões no orçamento em 2021 e 2022, o que equivale a 0,5% do PIB, a partir de medidas de contenção de despesas com pessoal previstas no teto de gastos.

De acordo com Rossano Oltramari, estrategista e sócio da 051 Capital, os investidores têm receio de que o governo perca o controle da questão fiscal.

“O mercado tem medo de que o governo comece a perder o controle de gastos públicos. Tivemos um aumento grande desses gastos na pandemia. Passando o período pandêmico, os investidores vão questionar ainda mais essa responsabilidade fiscal por parte do governo”, explica.

É importante também, segundo o especialista, que o governo tome mais medidas que agradem o mercado, como as privatizações, que não têm acontecido na velocidade esperada.

“O mercado espera um processo de privatização mais intensa. Era uma promessa de Paulo Guedes e isso tem frustrado investidores. A privatização é vista com bons olhos pelos investidores. Esse conjunto de coisas andando vai trazer mais fluxo de investidor estrangeiro para o Brasil. Em resumo, a economia andando, a bolsa vai andar também“, comenta.

Além disso, para que os investimentos comecem a retornar no longo prazo, é fundamental, segundo Rossano, que haja reformas.

“Se reformas começam a andar, os investidores percebem que o governo está se comprometendo com a questão a fiscal, as privatizações ocorrendo, os investimentos na economia real irão acontecer naturalmente, principalmente em infraestrutura. As empresas já vem fazendo seu dever de casa, investindo e apresentando bons resultados”, diz.

Em relação à questão tributária, o ministro da economia Paulo Guedes defendia a criação de um imposto digital, aos moldes da antiga CPMF.

Após críticas, a ideia acabou sendo engavetada. Para Rossano, o sistema tributário precisa ser modernizado: “Nosso sistema tributário é da década de 60. De lá para cá, a economia mudou muito, precisamos de uma atualização. Sou completamente contra o aumento da carga tributária. Não existe espaço para aumento de impostos, mas sim substituição tributária, modernização“, complementa.

Sobre Rossano Oltramari: Com mais de 20 anos de experiência no mercado, é estrategista e um dos sócios da 051 Capital, gestora especializada em alocação de recursos e planejamento patrimonial com R$ 2 bilhões sob custódia.

Publicado: 20/11/2020 0 comentários

Investimentos News Yahoo

Desvalorização do real: A importância da diversificação geográfica

por Gabriel Dau Publicado: 23/07/2020

Escrito por: Gabriel Dau 5 minutos ler

Mesmo com as altas recentes que alçaram o Ibovespa aos 102 mil pontos, o principal índice da bolsa brasileira ainda está longe do patamar anterior à crise provocada pelo coronavírus.

Já o S&P 500, principal índice do mercado americano, retomou ao nível pré-crise há mais de um mês.

Apesar disso, os investidores brasileiros ainda alocam 99% da sua carteira no mercado doméstico, desperdiçando oportunidades, como constam nos dois relatórios mais recentes da Capital Research, a primeira casa de análises 100% gratuita do Brasil.

Para Felipe Silveira, especialista em ações da casa, diversos estudos revelam que não somente os investidores brasileiros como os de todo o mundo tendem a ter um peso excessivo em ativos locais em suas carteiras, sem atentar para as vantagens da diversificação geográfica.

É o chamado “home bias“, ou viés doméstico. “As pessoas tendem a se sentir mais confortáveis com ações de empresas que estejam mais presentes no seu dia a dia. O que faz sentido, considerando que você deve conhecer aquilo em que está investindo”, relata.

No entanto, Silveira acredita que as razões que justificam encarar a diversificação internacional como um benefício também são bastante intuitivas, apesar de serem constantemente ignoradas: “dificilmente todas as melhores oportunidades de investimentos estarão necessariamente entre as poucas centenas de empresas listadas na bolsa brasileira, por isso é importante diversificar”, comenta.

Para da uma visão mais exata do impacto da ausência da aplicação em mercados internacionais, Rafael Amaral, o especialista em fundos de investimento da Capital Research, traz um dado complementar.

“Enquanto o PIB do Brasil representa aproximadamente 2,5% do PIB Mundial, a alocação média do investidor brasileiro no mercado doméstico é de 99%. É uma exposição muito desigual”, explica.

O relatório assinada pelo especialista também destaca: “este não é um fenômeno exclusivo dos investidores brasileiros, mas aqui ele é muito mais contundente do que em outros países.”

**Na prática, qual é o impacto do home bias no rendimento?**

Para exemplificar o impacto do viés doméstico nos rendimentos de longo prazo dos investidores brasileiros, os especialistas da Capital Research compararam os rendimentos de duas carteiras hipotéticas de investimentos: uma 100% composta pelo Ibovespa enquanto a outra está dividida igualmente entre IBOV e IVVB11, o ETF que replica o S&P 500, composição recomendada pela casa de análises em sua Carteira Capital.

“Quem investiu R$ 100 mil na carteira 100% IBOV em 1995, primeiro ano completo do Plano Real, teria R$ 1,88 milhão hoje, enquanto quem investiu os mesmos R$ 100 mil em uma carteira 50% IBOV e 50% S&P 500 teria R$ 3,11 milhões”, relata Felipe Silveira.

Além do rendimento 65% maior, a carteira mais diversificada também apresenta uma volatidade 35% menor do que a composta apenas por Ibovespa, o que colabora para evitar perdas desnecessárias pelo caminho.

No relatório publicado pela Capital Research, Felipe Silveira reconhece que o câmbio e o risco político do país estrangeiro no qual se deseja diversificar são fatores de atenção ao investidor.

Mesmo assim, essa diversificação se mantém como uma boa opção dado que “para nós brasileiros, investir no exterior é muito mais uma proteção contra o risco cambial e contra o nosso próprio risco político do que o contrário. A desvalorização recente do real é prova disso e, na verdade, faz da exposição a uma moeda mais forte um dos fatores mais favoráveis à diversificação geográfica”, conclui.

Acesse o site da Capital Research para ver estes e os demais relatórios da casa.

A casa de análises Capital Research pertence ao grupo Red Ventures, que conta com um portfólio de empresas digitais nas indústrias de educação, saúde, home service e serviços financeiros.

Publicado: 23/07/2020 0 comentários

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