O ataque cibernético conseguiu derrubar o sistema da Renner. A empresa encontrou problemas para manter sua plataforma no ar, o sistema caiu durante a tarde de ontem e permaneceu inativo até às 09:15 da manhã desta sexta-feira (20).
A companhia se manifestou através de um comunicado divulgado ainda na quinta-feira, conforme as alegações, o ataque de origem criminosa afetou as operações online efetuadas pela plataforma da Loja.
Informações recentes
No início dessa sexta-feira (20), as Lojas Renner confirmaram o ataque criminoso a sua plataforma de vendas online. O sistema foi derrubado na tarde de ontem (19) e permaneceu inativo até a manhã de hoje.
Conforme o comunicado disponibilizado pela empresa, o sistema de dados foi preservado e as lojas físicas continuam operando normalmente.
Ainda com base no comunicado expedido pelas Lojas Renner, a empresa conta com sistemas de proteção e segurança digital. Os rígidos mecanismos continuarão a ser desenvolvidos para estabelecer cada vez mais, protocolos que impeçam ataques como este.
Mobilização contra-ataques
A varejista informou que a mobilização das equipes continua, os ataques cibernéticos de ontem fizeram com que a plataforma passasse várias horas fora do ar prejudicando o e-commerce das Lojas Renner.
A empresa de TI que presta serviços para as Lojas Renner, Tivit informou que a empresa “não sofreu nenhum ataque em seus data centers, nem em suas redes corporativas e tampouco em seus servidores.”
Sobre o ataque
Alguns especialistas no mercado indicam que o ataque pode ter sido realizado através do software malicioso “ransomware”, o mesmo que atingiu a Secretária do Tesouro Nacional na última semana.
As Lojas Renner não confirmaram esta informação.
O malware é utilizado por cibercriminosos que buscam efetuar o sequestro de dados de instituições e entidades. Normalmente, esse sequestro de dados é feito para que os hackers possam barganhar e solicitar quantias em troca das informações roubadas.
O ransomware também pode ser utilizado para vazamento de dados. Isso ocorre quando a entidade roubada opta por não efetuar o pagamento do “resgate” exigido pelos criminosos.
O software malicioso funciona ao bloquear a rede de sistemas da instituição, criptografando os dados para torná-los inacessíveis.
Segurança digital no Brasil
Segundo o diretor de inteligência de ameaças da Avast, Michal Salt, “em geral, a taxa de risco de empresas que se deparam com ataques de malware aumentou em todo o mundo.”
No caso da Lojas Renner, acredita-se que o malware tenha sido utilizado para criptografar a plataforma e deixar o sistema inoperante. Outros especialistas acreditam que talvez o ataque cibernético não tenha sido tão grave, por isso, os sistemas de dados da empresa se mantiveram preservados.
A empresa especializada em segurança digital, Sonic Wall, informou que houve um aumento de 62% nos ataques realizados através do ransomware durante o ano de 2020.
O Brasil está classificado em nono lugar na lista de países com maiores taxas de golpes cibernéticos aplicados. No ano passado foram registrados cerca de 3,8 milhões de invasões bem sucedidas utilizando o malware ransomware.