Segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) o índice de famílias endividadas subiu no Brasil pelo terceiro mês seguido e, em setembro, chegou a 79,3%.
Peic também registrou que 80,3% das famílias que têm renda de até dez salários mínimos estão endividadas segundo levantamento. Já entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, o endividamento se manteve estável, atingindo 75,9% desse público.
Com essa realidade fica cada vez mais difícil colocar suas contas em dia, mas fique tranquilo pois nós separamos 4 dicas que vão te ajudar a sair do endividamento já. Confira!
1- Se organize
O primeiro passo para colocar suas contas em dia é ter um panorama completo para saber exatamente qual é a situação do seu orçamento. Você pode começar juntando holerites, faturas do cartão de crédito, extratos bancários, comprovantes de pagamento, boletos, carnês e cobranças, para colocar tudo na ponta do lápis.
Faça uma planilha pode ser em uma agenda, computador, em um aplicativo de celular. Faça registros de tudo que você ganha e como você ganha e tudo que você gasta e com o que você gasta, incluindo valores e parcelas quitadas e não quitadas.
Analise também quais das suas despesas são fixas e essenciais (como aluguel, condomínio, água, luz, etc.) e quais são gastos variáveis e/ou supérfluos. Liste tudo que você tem a pagar, incluindo todas as parcelas, prazos e valores.
Avaliar esse panorama vai ajudar você a descobrir se está sobrando ou faltando dinheiro no final do mês e o porquê. A partir daí, também é possível visualizar alguns excessos e repensar alguns dos seus gastos; o que pode te ajudar não somente a fazer uma melhor gestão financeira como também a economizar.
2- Dê atenção para suas contas atrasadas
Como foi dito no tópico acima ao colocar suas dívidas na planilha você terá uma visão ampla do que se tem para pagar. Feito isso faça uma análise do seu orçamento feito no passo anterior e reflita sobre suas possibilidades de como quitar suas dívidas.
O primeiro passo é tentar renegociar suas dívidas, a dica é começar pelas mais urgentes, como aquelas que podem desestabilizar sua vida pessoal ou familiar, como o aluguel, o financiamento da casa ou contas fixas de água e luz, por exemplo.
A renegociação da dívida é uma das alternativas mais buscadas por quem deseja sair do mau endividamento e conquistar a sonhada estabilidade financeira.
Existem algumas maneiras de renegociar o pagamento de um débito: diretamente com o credor, em feirões para limpar o nome, por meio do refinanciamento de dívida e a portabilidade de uma instituição para outra.
A dica mais importante na hora de renegociar dívidas é procurar canais oficiais do agente financeiro em que o crédito foi contratado. Muitos agentes financeiros oferecem acesso a esses dados em suas plataformas online.
Se você for parcelar essa nova conta, fique atento aos juros, pois, mesmo que o valor mensal seja menor, pode haver o risco de sair mais caro, no longo prazo. Se você achar que tem condições de pagar a dívida à vista, peça um desconto maior.
3- Economize
Analise com o que você poderia gastar menos. Por exemplo, você pode considerar trocar de operadora, trocar a TV a cabo por um serviço de streaming mais barato, trocar a academia por exercícios em casa.
Também é importante poupar recursos, como energia elétrica e água, evitar desperdícios é bom para o seu bolso. Muita tenção para as compras online, é comum que as pessoas estejam gastando mais com serviços de entrega, para solucionar isso tente se esforçar e cozinhar em casa, em vez de pedir comida, também é importante não usar os sites de compras como distração, para evitar as gastos desnecessários.
4- Faça uma reserva
Criar e manter uma reserva de emergência é importante para não se endividar. Ter uma reserva financeira de emergência é o primeiro passo para ter uma vida organizada.
Seja realístico, e divida o valor total da reserva pelo valor médio que você consegue poupar mensalmente. Você perceberá que em alguns meses, parecerá muito difícil poupar. São presentes para comprar, compromissos, contas antigas e outras situações que forçam você a abrir a carteira.
Neste momento, você precisa ser forte e constante. O ideal é conseguir separar, no mínimo, 10% dos ganhos e destiná-los para uma reserva. Lembrando que os 90% restantes precisam ser suficientes para cobrir todas as despesas do mês.