A Black Friday, apesar de ser uma excelente oportunidade para encontrar ótimos preços, também atrai golpistas que buscam tirar vantagem dos consumidores.
É fundamental estar atento aos principais tipos de golpes para não cair em armadilhas e garantir uma compra segura.
Nesta época, é comum que criminosos se aproveitem da boa-fé dos consumidores para aplicar golpes, como falsas promoções utilizando links suspeitos pelo WhatsApp e por SMS.
Outra fraude recorrente envolve a clonagem de sites oficiais de grandes varejistas, com o objetivo de roubar dados de cartão de crédito das vítimas.
Veja a seguir os golpes que mais se aplicam e como fazer para evitá-los.
Golpes mais comuns na Black Friday
1 – Golpe do link falso
Você espera o ano inteiro para comprar um produto, quando a Black Friday vem, aparece uma oferta milagrosa. A desconfiança até existe, mas ao clicar no anúncio, é possível observar a mesma identidade visual de grandes varejistas. Mas somente isso é um indicativo de que a oferta é verdadeira? Pelo contrário: pode ser um golpe!
Esse mecanismo é conhecido como “pharming” ou “golpe do link falso”. É uma técnica em que os golpistas clonam os sites conhecidos, induzindo o usuário ao erro, já que o site possui o logotipo da loja, além das mesmas cores e, muitas vezes, uma estrutura organizada com abas, outros tipos de produtos e informações.
2 – Golpe por SMS, e-mails e mensagens no WhatsApp
Outro golpe bastante comum, que se assemelha ao “pharming” é chamado de “phishing”. A diferença entre os dois é a forma de abordagem.
No primeiro, o usuário clica em anúncios falsos que aparecem na internet. Já o segundo, ocorre por meio de um contato direto por SMS, e-mails ou mensagens no WhatsApp.
Neste caso, um falso vendedor oferece uma promoção de um produto ou serviço, por um preço atraente, e solicita informações ou pede para o usuário clicar em um link falso que, novamente, pode parecer de uma loja verdadeira. Ao acessar esses links, o consumidor tem suas informações roubadas ou acaba com um malware (vírus) instalado em seu dispositivo.
3- Golpe das redes sociais falsas
Mais uma situação criminosa é a criação de perfis falsos de lojas nas redes sociais. De acordo com a Febraban, muitas vezes esses perfis têm ofertas muito vantajosas e com depoimentos positivos de compradores recomendando a venda.
Os golpistas criam perfis falsos que investem em mídia para aparecer em páginas e stories de redes sociais, inclusive com depoimentos falsos de compradores. Também usam sites de vendedores de depoimentos e bancos de fotos e vídeos internacionais para dar crédito ao produto e enganar o consumidor.
4 – Golpe da maquininha
Além dos golpes digitais, há ainda os que ocorrem em vendas presenciais. Neste caso, o consumidor pode até levar o produto para casa, mas o problema será na hora de olhar a fatura do cartão. Isso porque o valor cobrado pode ter sido muito mais alto do que o ofertado.
Conhecido como “golpe da maquininha”, o criminoso usa artifícios para conseguir passar um valor acima. Por exemplo, coloca o valor verdadeiro, mostra para o cliente, mas cancela propositalmente – e discretamente – a compra, informando que “deu erro no sistema”. Como o consumidor já conferiu uma primeira vez, ele é induzido a não checar novamente. Nesta hora, o golpista digita o novo valor.
Há casos em que o visor da máquina de cartão está trincado ou embaçado, dificultando a checagem dos números. Nesta situação, os consumidores não devem incluir a compra.
5 – Golpe do PIX e fraude boletos
O método de pagamento também pode ser um golpe. Os criminosos alteram o código de barras de boletos bancários e conseguem desviar o pagamento para as contas dos fraudadores. Para se proteger, observe atentamente os dados da empresa em boletos, a titularidade de contas para depósito e outras informações, isso ajuda o consumidor a identificar possíveis fraudes.
Além disso, quando o pagamento for feito via PIX também é importante confirmar os dados para quem será feito o depósito. Portanto, é importante ter muita certeza quanto ao site que você está acessando, os dados do pagamento (se é uma chave-PIX fixa, qual o CNPJ e o nome do recebedor), pois uma vez que o dinheiro sai da conta, é mais difícil ser ressarcido.
8 dicas para evitar golpes na Black Friday
1. Desconfie de promoções ‘boas demais para ser verdade’
Se você receber links com descontos exagerados por e-mail, SMS, redes sociais ou WhatsApp, não clique diretamente. Esse é um método comum para aplicar golpes. Em vez disso, acesse o site ou aplicativo oficial da loja por meio de uma pesquisa. Além disso, promoções legítimas costumam oferecer várias opções de pagamento, então desconfie de empresas que aceitam apenas Pix ou boleto.
2. Verifique a página antes de colocar os dados
Quando for inserir os dados do seu cartão, cheque o endereço na barra do navegador para garantir que está no site oficial. Golpistas frequentemente criam páginas muito semelhantes às originais, mas com domínios ligeiramente diferentes (como usando números ou letras trocadas). Tome um segundo para revisar e, em caso de dúvida, não preencha seus dados.
3. Use o cartão virtual nas compras online
O cartão virtual é uma alternativa mais segura, pois seus dados reais não são expostos em nenhum momento. Muitos bancos e aplicativos oferecem cartões virtuais que expiram em pouco tempo, limitando o risco de fraude. E se for pagar com Pix ou boleto, sempre verifique o nome e o valor do beneficiário antes de confirmar — pequenos erros podem indicar que algo está errado.
4. Nas compras presenciais, sempre confira o valor na maquininha
Outra dica para evitar golpes na Black Friday é verificar o valor antes de digitar sua senha. Isso porque golpistas podem tentar “desconfigurar” o visor para esconder o preço ou até mesmo alterar o valor na última hora. E, ao digitar, mantenha a senha protegida de olhares próximos. Pequenos cuidados como esses ajudam a evitar golpes comuns em lojas físicas.
5. O cartão é pessoal e intransferível
Evite entregar seu cartão para outra pessoa, mesmo em lojas. E se o estabelecimento insistir em manuseá-lo, observe atentamente e, quando devolverem, cheque se o cartão é realmente o seu. Além disso, marcar o cartão com algo visível, como um adesivo ou uma fita, pode ajudar a identificar facilmente e evitar trocas.
6. Use a tecnologia a seu favor para evitar golpes na Black Friday
Prefira métodos como pagamento por aproximação ou carteiras digitais. Essas funções permitem que você mantenha o cartão sempre em suas mãos, eliminando o risco de trocas acidentais e de aproximação indesejada. Só não esqueça de conferir o valor exibido na maquininha antes de autorizar o pagamento.
7. Guarde bem sua senha
A senha do seu cartão é só sua. Nunca a compartilhe, nem mesmo com vendedores ou funcionários de lojas. Se alguém pedir sua senha, veja isso como um sinal de alerta. Lembre-se de que, em transações legítimas, a senha nunca precisa ser comunicada a outra pessoa.
8. Saiba como agir se for vítima de fraude ou golpe
Caso suspeite de uma fraude ou tenha sido vítima de golpe, entre em contato com seu banco o quanto antes para bloquear o cartão e sua conta. Em seguida, faça um Boletim de Ocorrência, pois isso ajuda as autoridades a identificar e investigar atividades criminosas.
Amigos e familiares também podem ajudar em casos de roubo ou furto. Qualquer pessoa pode solicitar o bloqueio da conta ou dos cartões de um amigo ou parente que passou por uma situação dessas. Basta ligar para a Central de Atendimento do banco com o CPF da vítima em mãos e seguir o passo a passo. Esse suporte rápido é fundamental para evitar prejuízos maiores.