Só no mês de setembro a inflação subiu 1,16%, seu maior patamar desde o início do Plano Real, atingindo a marca dos 10,25% no acumulado dos últimos 12 meses.
A inflação é medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, que leva em consideração os preços de vários produtos e serviços consumidos no país.
Entre os itens que estão em constante aumento, estão aqueles que o preço é estipulado pelo mercado, como produtos do varejo e alimentos.
Em contrapartida estão os produtos sob o comando de agências regulatórias, como os combustíveis e a bandeira de energia.
Itens que mais subiram de preço nos últimos 12 meses
Confira a lista de produtos e serviços que estão pesando no bolso do consumidor diante da inflação:
- Pimentão: 96,34%;
- Abobrinha: 64,93%;
- Etanol: 64,77%;
- Repolho: 57,90%;
- Passagem aérea: 56,81%;
- Batata-doce: 54,28%;
- Pepino: 52,56%
- Mandioca (aipim): 45,27%;
- Açúcar refinado: 43,90%;
- Laranja-lima: 40,25%;
- Gasolina: 36,60%;
- Gás veicular: 38,46%;
- Açúcar cristal: 38,37%;
- Filé-mignon: 37,57%;
- Gás de cozinha: 34,67%;
- Pá (carne): 34,59%;
- Material hidráulico: 34,02%;
- Pneu: 33,14%;
- Óleo Diesel: 33,05%;
- Óleo de Soja: 32,06.
Por que a inflação está tão alta?
Vários fatores influenciam, como a disparada do dólar, que atua diretamente no preço dos produtos e insumos importados, além de interferir no preço dos combustíveis, sendo que o barril de petróleo é cotado no mercado internacional.
Outro ponto que também vem aumentando a inflação é a instabilidade política junto com as incertezas econômicas do país, que causam a saída de empresas e investimentos estrangeiros, contribuindo ainda mais com a desvalorização do real.
A falta de chuva fez com que o governo adotasse uma nova bandeira energética mais cara, fazendo com que a conta de luz seja uma das grandes inimigas do consumidor.
Nos últimos 12 meses a alta acumulada chega a 28,82%, o que pressionou ainda mais o aumento da inflação no último mês.