Se você é contador, empresário ou contribuinte com pendências na Dívida Ativa da União, é bom ficar atento. Mas por quê? Porque o prazo para aderir às condições especiais de regularização fiscal está correndo e termina no dia 31 de janeiro de 2025. Parece que ainda falta um tempinho, mas, quando se trata de burocracia e organização financeira, deixar para a última hora pode ser um grande problema.
Mas calma, tem notícia boa também! O governo, por meio da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), publicou os editais nº 6 e 7, que oferecem facilidades para quem quer colocar as contas em dia. E não são só parcelamentos comuns, mas sim condições diferenciadas, com prazos longos e descontos consideráveis.
Mas o que exatamente está sendo oferecido? Bom, as oportunidades são bem interessantes:
- Parcelamento em até 133 vezes (ou seja, mais de 11 anos para pagar);
- Descontos de até 65% sobre o total da dívida;
- Abatimento de multas e juros, o que pode aliviar bastante o valor final;
- Possibilidade de uso de precatórios federais para amortizar os débitos.
Mas, antes de sair aderindo, é importante analisar as opções com cuidado. Como toda negociação fiscal, cada caso tem suas particularidades e o contribuinte precisa garantir que a escolha feita seja realmente a melhor para sua situação financeira.
Quem pode aderir?
A boa notícia é que tanto empresas quanto pessoas físicas podem aproveitar essa chance para regularizar suas dívidas. Mas há diferenças entre os editais, e entender qual se aplica ao seu caso é essencial:
- Edital nº 6: voltado para dívidas de até R$ 45 milhões, inscritas na Dívida Ativa até 1º de agosto de 2024. Aqui, há possibilidade de parcelamento e descontos personalizados de acordo com o perfil do contribuinte.
- Edital nº 7: direcionado para Microempreendedores Individuais (MEIs), Microempresas (MEs) e Empresas de Pequeno Porte (EPPs) com débitos no Simples Nacional. Há duas modalidades de negociação, uma baseada na capacidade de pagamento e outra específica para dívidas menores, ambas oferecendo condições facilitadas.
Ou seja, não importa se você é um pequeno empresário ou uma grande empresa, há opções para todos. Mas atenção: se sua empresa tem interesse em participar de licitações, obter financiamentos ou simplesmente manter uma boa reputação fiscal, regularizar essas pendências é essencial.
Cuidado na adesão: planejamento é fundamental
Com tantas vantagens, pode parecer tentador correr e aderir logo ao programa, mas é aí que entra o alerta. Cada escolha tem impacto direto na saúde financeira da empresa ou do contribuinte, e um erro nesse processo pode custar caro no futuro.
Para evitar dores de cabeça, algumas dicas são essenciais:
- Analise sua dívida com calma – entenda exatamente quanto você deve e quais são as melhores condições para quitá-la.
- Verifique sua capacidade de pagamento – mesmo com parcelamentos longos, é fundamental garantir que as prestações caberão no orçamento.
- Confira os documentos exigidos – qualquer erro pode atrasar ou até impedir a adesão ao programa.
- Consulte um contador ou especialista tributário – um olhar técnico pode ajudar a escolher o melhor caminho e evitar problemas legais.
A adesão deve ser feita exclusivamente pelo portal da PGFN (https://www.regularize.pgfn.gov.br). Todo o processo é eletrônico, o que facilita bastante, mas também exige atenção redobrada para evitar equívocos.
Regularizar a dívida é mais que pagar: é abrir portas
Ficar com pendências na Dívida Ativa não é apenas um problema burocrático, mas também um grande obstáculo para o crescimento da empresa. Dívidas podem bloquear linhas de crédito, impedir a participação em licitações públicas e até gerar restrições no CNPJ, o que complica ainda mais o dia a dia do negócio.
Além disso, com a possibilidade de descontos e parcelamentos longos, essa pode ser a melhor chance para quitar pendências sem comprometer totalmente o fluxo de caixa. Mas, claro, cada caso é único, e o planejamento financeiro precisa ser feito com estratégia.
Última chamada de dívida: prazo termina dia 31 de janeiro de 2025
Se você ainda não tomou providências, agora é o momento certo. Mas atenção: deixar para os últimos dias pode gerar imprevistos, desde instabilidades no sistema até dificuldades para reunir toda a documentação necessária.
Então, contadores, empresários e contribuintes, o recado é claro: não deixem essa oportunidade passar. Regularizar sua situação fiscal agora pode evitar muitos problemas no futuro e, quem sabe, até abrir novas portas para crescimento e oportunidades.