O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) formalizou um acordo de transferência tecnológica com a Pfizer Brasil para a produção do medicamento citrato de tofacitinibe, um genérico do Xeljanz®.
A parceria, celebrada no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (20), tem como objetivo fortalecer a produção nacional do medicamento e ampliar o acesso da população ao tratamento de doenças inflamatórias imunomediadas, como a artrite reumatoide, desencadeadas por desequilíbrios do sistema imunológico.
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O vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, destacou que essa parceria é parte de uma estratégia para ampliar o acesso à saúde no Brasil, fortalecendo o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Complexo Econômico e Industrial da Saúde.
Além de beneficiar os usuários do SUS, a parceria está alinhada com a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico Industrial da Saúde, que busca expandir a produção nacional de itens prioritários para o SUS e reduzir a dependência do Brasil da importação de medicamentos e insumos.
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O Xeljanz®, já aprovado no Brasil e incorporado ao SUS, age inibindo a janus quinase (JAK), uma proteína essencial nos processos inflamatórios de algumas doenças imunomediadas. A transferência tecnológica do citrato de tofacitinibe da Pfizer para a Farmanguinhos/Fiocruz ocorrerá em etapas, com o objetivo de fornecer o genérico para o SUS conforme a demanda do Ministério da Saúde.
A presidente da Pfizer Brasil, Marta Díez, ressaltou que mais de 12 mil pacientes já são beneficiados pelo Xeljanz na rede pública de saúde do Brasil, e essa parceria visa ampliar ainda mais esse impacto, reforçando o compromisso com o fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde no país.
O diretor do Instituto de Tecnologia em Fármacos, Jorge Mendonça, destacou o trabalho de Farmanguinhos em medicamentos de alto valor agregado, tornando-os mais acessíveis à população brasileira. Essa parceria permitirá a produção nacional do medicamento, facilitando o tratamento de pacientes que enfrentam doenças graves.
A artrite reumatoide, alvo desse tratamento, é mais comum em mulheres, principalmente entre 30 e 50 anos, com um pico de incidência na quinta década de vida. O histórico familiar aumenta o risco de desenvolvimento da doença, que apresenta sintomas como dor e inchaço nas articulações. O tratamento adequado é crucial para evitar danos irreversíveis nas articulações.