No mês de novembro, as aquisições de títulos do Tesouro Direto superaram os resgates em R$ 278,7 milhões, conforme indicado pelos dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira (26). O montante total de títulos da dívida pública brasileira adquiridos atingiu R$ 2,88 bilhões, enquanto os resgates totalizaram R$ 2,6 bilhões.
O título mais buscado pelos investidores continuou sendo o Tesouro Selic, representando 70,4% do montante total adquirido (R$ 2,03 bilhões). O interesse por títulos vinculados à taxa básica de juros ainda persiste devido ao patamar elevado da taxa Selic.
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Desde março de 2021, o Banco Central (BC) iniciou o processo de elevação da Selic. A taxa, que estava em 2% ao ano, o nível mais baixo da história, subiu para 13,75% ao ano. Em agosto deste ano, o BC deu início ao ciclo de redução da Selic, que atualmente está em 11,75%. Apesar da expectativa de queda nos juros básicos no próximo semestre, os investidores continuam adquirindo esses títulos.
Quanto aos papéis atrelados à inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA), sua participação nas vendas foi de 19,7%, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, representaram 9,8%.
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O Título RendA+, voltado para investidores que buscam incrementar a aposentadoria e criado há um ano, recebeu aporte de R$ 73,6 milhões em novembro, representando 2,6% do total do mês. Por sua vez, o EducA+, lançado em agosto e direcionado a quem deseja financiar estudos futuros, acumulou R$ 27,6 milhões em vendas, ou 1% do total.
Mais da metade das vendas (52,9%) concentrou-se em títulos com vencimento entre cinco e dez anos. As aplicações em títulos com vencimento acima de dez anos representaram 11,6%, enquanto os títulos com vencimento de um a cinco anos corresponderam a 35,5% do total, conforme informado pelo Tesouro Nacional.
Perfil dos investidores
Em relação ao número de investidores, 414.911 novos participantes se cadastraram no programa no último mês. O total de investidores alcançou 26.606.263, registrando um aumento de 20,7% nos últimos 12 meses. Em novembro, o número total de investidores ativos, envolvidos em operações em aberto, atingiu 2.443.675, com a adição de 16.587 investidores.
O Tesouro Nacional ressalta que, entre os novos investidores cadastrados, 9,8% estão na faixa etária de até 15 anos, o que o órgão atribui ao recente lançamento do Tesouro Educa+.
A atração do Tesouro Direto para pequenos investidores é evidenciada pelo significativo número de vendas até R$ 1 mil, representando 64,1% do total de 511.148 operações realizadas em novembro. O valor médio por operação foi de R$ 5.634,90.
Fonte de recursos
Lançado em janeiro de 2002, o Tesouro Direto teve como propósito tornar mais acessível a aplicação em títulos públicos, possibilitando que pessoas físicas adquirissem esses títulos diretamente do Tesouro Nacional por meio da internet, sem necessidade de intermediação de agentes financeiros. O investidor apenas paga uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos.
A venda de títulos constitui uma das maneiras pelas quais o governo capta recursos para quitar dívidas e cumprir compromissos. Em contrapartida, o Tesouro Nacional compromete-se a reembolsar o valor investido, acrescido de um adicional que pode variar conforme a Selic, os índices de inflação, o câmbio ou uma taxa predefinida nos casos dos papéis prefixados.