27 senadores tomaram posse nesta quarta-feira (01), no início dos trabalhos do legislativo, e na primeira sessão, Rodrigo Pacheco foi reeleito para a presidência da casa, derrotando o ex-ministro do governo Bolsonaro Rogério Marinho.
Salão Azul lotado e sem as marcas dos ataques de 8 de janeiro, as vidraças e os espelhos destruídos foram trocados, o carpete do Salão Azul vai ser substituído depois do Carnaval.
Dentro do plenário 27 senadores tomaram posse e apenas quatro deles se reelegeram, mas a posse dos eleitos não foi o principal assunto do dia, o que deteve a atenção dos parlamentares foi a eleição polarizada para a presidência do Senado.
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Pacheco X Marinho
Rodrigo Pacheco que entrou na disputa com o apoio do Palácio do Planalto, era considerado favorito, viu a candidatura do ex-ministro de Bolsonaro Rogério Marinho crescer nos últimos dias, o senador Eduardo Girão do podemos do Ceará que também havia apresentado candidatura à presidência desistiu, e declarou apoio Rogério Marinho.
No discurso na Tribuna, Rodrigo Pacheco criticou o revanchismo ao Supremo e lembrou que a gestão deles sempre foi defensora da vacina contra covid-19, que tiveram projetos da pandemia e que não foram negacionistas.
Pacheco também ressaltou sua gestão não menosprezou a vacina e sim defedeu a vacina, lembrou também que aprovaram todas as medidas Provisórias inerentes ao combate à pandemia vindas do governo federal.
Na tentativa de reforçar a candidatura de Marinho, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, participou da sessão de posse, durante o discurso, o ex-ministro defendeu a mudança de rumos dentro do senado federal e criticou os atos contra a democracia.
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Vitória de Rodrigo Pacheco
Porém, o empenho a favor do ex-ministro não foi suficiente, e Rodrigo Pacheco foi reeleito. Pacheco venceu com 49 votos, oito além do necessário.
Marinho teve apoio de 32 parlamentares, a vitória com boa margem de segurança foi comemorada pela base aliada de Lula, que ligou para o senador logo após o resultado
Marinho cumprimentou o adversário, e na saída do plenário disse que vai exercer o papel da oposição. No discurso Rodrigo Pacheco defendeu a democracia e bateu firme na radicalização política.
PSD, PL, MDB, União Brasil, e o PT dividem as maiores bancadas, mas independentemente do perfil progressista ou conservador da nova composição do Senado o governo aposta no diálogo e quer aproveitar a vantagem na vitória de Pacheco.