Com limitações financeiras resultantes de um ano de pandemia, as pequenas empresas brasileiras enfrentaram uma interrupção da recuperação financeira em fevereiro de 2021, mesmo período em que a onda de contágio da Covid-19 voltou a crescer bruscamente.
No último mês, a queda média das receitas de pequenas e médias empresas (PMEs) foi de 40% em comparação ao período pré-pandemia, num retrocesso ao mesmo patamar de agosto de 2020.
A piora nos resultados financeiros precede a adoção de medidas restritivas mais severas para o combate à contaminação e à pandemia.
A última edição da pesquisa “O Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios, realizada pela 10ª vez pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), indica que o crescimento do faturamento das PMEs se mantinha relativamente estável desde abril, quando a queda das receitas chegou a 70%.
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“No ano passado, percebemos que muitas empresas pequenas conseguiram um fôlego financeiro durante a crise porque conseguiram agilizar processos de digitalização e de aquisição de crédito”, afirma Thomas Carlsen, COO e co-fundador da mywork, startup especializada em controle de ponto online e gestão de Departamento Pessoal para pequenas e médias empresas.
“Com a nova onda de contágio, é importante que estes negócios continuem tendo acesso às linhas de crédito até que a maior parte da população seja vacinada e o mercado se reaqueça”, comenta ele.
Segundo a pesquisa do Sebrae, os donos de pequenos negócios sentem uma grande pressão no que se refere à manutenção das atividades. 57% dos entrevistados afirmam estar muito preocupados com o futuro e com as dificuldades financeiras para manter os negócios.