próteses do INSS

Não é um processo fácil, mas as expectativas são as melhores possíveis. Esse é o sentimento geral dos segurados que recebem próteses provisórias e definitivas, através do programa de Reabilitação Profissional do INSS. A Gerência do INSS em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, vem conseguindo, ao longo de 2023, realizar as entregas desses equipamentos tão aguardados pelos segurados.

Esta semana começou com alegria para a comerciante Márcia Estela, que recebeu a prótese definitiva da perna direita. Desde meados de agosto, ela já vinha usando uma prótese provisória. Extrovertida e animada, Márcia escolheu um material verde brilhante para compor o encaixe da prótese, a primeira que recebe do INSS. Apesar de ser a terceira prótese que utiliza, desde que sofreu um acidente de moto, em 2011, ela relata que precisou treinar e se exercitar com o novo equipamento, que considera mais moderno e eficiente. “Não me adaptei a usar muletas. Nunca usei. A prótese dá vida para gente. Tenho uma vida praticamente normal, pois sempre fiz muita atividade física”, conta.

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Ivanildo Lucas Nascimento também estava bem alegre com a entrega da prótese definitiva da perna esquerda, amputada em decorrência de um acidente de moto, ocorrido em final de 2005. “Nossa, é como comparar um carro popular com um de corrida”, relata, ao explicar sobre as diferenças entre a prótese nova e a anterior, que usava. Como funcionário de produção de uma montadora de veículos, Ivanildo se movimenta muito no trabalho e tem certeza que, por ser mais prática e confortável, a prótese recebida pelo INSS ajudará bastante nas atividades do dia a dia.

Outra vítima de acidente de moto, Daniel Martins também recebeu a prótese definitiva da perna esquerda, primeira pelo INSS. Ele conta que sua adaptação ao uso do equipamento foi fácil, porque começou usar uma prótese poucos meses após o acidente, em 2005. Tal como Márcia, Daniel não se adaptou ao uso de muletas e, para ele, a prótese faz toda a diferença na sua vida. Como torneiro mecânico, trabalha em sua oficina e não chegou a ficar afastado em decorrência do acidente. Além disso, não sabia que tinha direito à prótese. “Assim que fiquei sabendo, entrei com o pedido”, explica.

Próteses provisórias

Além dos três que receberam as próteses definitivas, outros três segurados foram beneficiados com próteses provisórias: Carlos Eduardo Bonifácio, Célio Rafael do Nascimento e Júnio Tomé. Todas próteses de pernas e as primeiras que receberam pelo INSS. Júnio conta que perdeu a perna em um acidente de trabalho, em 2010, na zona rural, ao operar um trator. Começou a usar prótese, estimulado pelo médico que o atendeu, na época. “Era uma prótese mais simples, porque é muito cara para gente comprar. Os gastos são muito grandes”, relata.

Júnio conta que o equipamento é importante para trabalhar. Atualmente, é servidor da Prefeitura Municipal de Sete Lagoas. “Eu me sinto normal quando estou com a prótese, que me dá mais confiança”, ressalta. Ele conta que também não sabia que tinha direito a solicitar uma prótese ao INSS, que tomou conhecimento disso em 2015, após se tornar servidor público. Animado, Júnio esperar poder passear e viajar mais com a família, aproveitando a nova prótese.

O segurado Célio, acompanhado da esposa, está dando seus primeiros passos com a prótese provisória. Ainda não se sente confiável para deixar as muletas, nas quais se apoia a cada passo, mas está se esforçando para se adaptar. “Não é fácil, é uma questão de equilíbrio”, avalia, dizendo que, apesar das dificuldades de adaptação, está animado pelas possibilidades de melhora na qualidade de vida. Relato semelhante faz Carlos Eduardo, que também está se adaptando ao uso do equipamento. “Tentei usar uma da Prefeitura, mas não deu certo. Com essa do INSS, a adaptação está sendo melhor. Sou esforçado, mas não é fácil”, afirma.

Entregas

As entregas de próteses da Gerência de Contagem estão sendo realizadas pela equipe técnica da Reabilitação Profissional, com as servidoras Nydia Morais e Shirlei Vieira (APS Betim), além do perito médico federal Paulo Fonseca, responsável pelas prescrições.

Os segurados recebem, primeiramente, a prótese com um encaixe provisório, que é utilizado por cerca de um mês. Esse período é necessário para verificar a adaptação ao novo equipamento. Poucos dias antes da entrega definitiva, o segurado faz uma visita à empresa responsável, que, com base nas observações e ajustes necessários, produz o encaixe definitivo, que será entregue pela equipe da Reabilitação Profissional, acompanhada pelo perito médico e pelo representante da empresa.

Durante a entrega definitiva, o segurado testa novamente a prótese, verificando o conforto e eficiência. É nesse momento também que é orientado sobre a garantia. “A prótese tem garantia de dois anos, mas é importante ficar atento para não perder a garantia em decorrência de mau uso”, explicou Nydia. Ela destacou algumas situações, como, por exemplo, entrar no mar e andar na areia.

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Serviço disponível na Central 135

Para solicitar uma prótese, o segurado do INSS pode ligar na Central 135 e agendar o serviço “Cadastro Inicial da Reabilitação Profissional”. Além de próteses, os segurados têm direito a órteses, meios auxiliares de locomoção, como cadeiras de rodas, muletas, bengalas, e tecnologia assistiva, como piso tátil, programas de leitura para deficientes visuais, entre outros recursos.

Após a solicitação, é preciso acompanhar o andamento de todo o processo através dos canais remotos: a Central 135, que funciona de segunda a sábado, de 7h às 22h, e do Meu INSS, disponível como aplicativo para celular e site (gov.br/meuinss).

Fonte: Instituto Nacional do Seguro Social – INSS