A vida é repleta de obrigações e responsabilidades, e para os aposentados e pensionistas, uma delas é a prova de vida junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Esse procedimento anual pode parecer burocrático, mas é essencial para a manutenção dos benefícios previdenciários, bem como para evitar irregularidades. O Governo Federal enfatiza sua importância como uma medida crucial na prevenção de fraudes e pagamentos indevidos.
Além da prova de vida automática, resultado do cruzamento de dados entre diferentes órgãos, os cidadãos brasileiros têm a opção de realizar essa comprovação de forma digital ou presencial. Neste cenário, exploraremos a relevância desse processo e os diferentes métodos disponíveis, destacando como cada um contribui para garantir a continuidade dos benefícios e a segurança dos beneficiários.
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Mudanças na Prova de Vida do INSS
Até recentemente, o beneficiário do INSS tinha a responsabilidade de realizar a prova de vida no banco onde recebia seus pagamentos. As opções tradicionais incluíam a realização presencial do procedimento ou o uso da biometria por meio do caixa eletrônico.
Uma alternativa moderna surgiu com o advento do aplicativo Meu INSS, que permitia a comprovação por reconhecimento facial, oferecendo aos beneficiários maior flexibilidade. Contudo, uma mudança significativa ocorreu com a publicação da Portaria 1.408, datada de 2 de fevereiro de 2022, que transferiu a responsabilidade da verificação para o próprio INSS.
Agora, ao invés de impor ao aposentado a tarefa de atualizar sua situação por meio da rede bancária, o instituto adotou uma abordagem inovadora, baseada no cruzamento de dados com outros órgãos públicos. Para comprovar a existência do segurado, o INSS utiliza diversas informações, como a realização de empréstimos consignados com biometria, o comparecimento às eleições, registros de vacinação, renovação de documentos oficiais e declaração de Imposto de Renda.
O órgão avalia criteriosamente se o conjunto mínimo de informações disponíveis é suficiente para efetuar o recadastramento, tornando o processo mais ágil e eficaz para os beneficiários. Essas mudanças representam um avanço significativo na simplificação da prova de vida, garantindo a continuidade dos benefícios previdenciários de maneira mais conveniente e segura.
Como fazer a prova de vida
Atualmente, os segurados do INSS têm duas opções para cumprir a prova de vida, que pode ser realizada de forma automática ou manual, comparecendo a um caixa eletrônico no banco que recebe seu benefício mensal.
Na opção automática, o INSS emprega o cruzamento de dados com diversas fontes governamentais para verificar o status dos segurados e confirmar se estão vivos. Esse processo envolve:
- Acesso ao aplicativo Meu INSS com selo ouro, bem como outros aplicativos e sistemas de órgãos e entidades públicas, tanto no Brasil quanto no exterior.
- Contratação de empréstimos consignados, que requerem reconhecimento biométrico.
- Atendimento presencial nas agências do INSS ou em instituições parceiras, também por meio de reconhecimento biométrico.
- Realização de perícias médicas, seja por telemedicina ou presencialmente.
- Atendimento no sistema público de saúde ou em redes conveniadas.
- Registro de vacinação.
- Cadastro ou recadastramento em órgãos de trânsito ou segurança pública.
- Atualizações no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal), quando realizadas pelo responsável pelo grupo.
- Participação em eleições.
Essas medidas permitem ao INSS validar a situação dos segurados de forma eficaz e simplificada, garantindo que os benefícios sejam mantidos regularmente e que os segurados estejam protegidos contra fraudes e irregularidades.