Paulo Guedes, atual ministro da Economia, declarou na última segunda-feira, 23 de outubro, que logo após o segundo turno das eleições municipais “novas reformas virão com o fim das eleições”. Segundo declarações do ministro no evento promovido pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) “estamos aqui conversando entre a eleição, primeiro turno, segundo turno, já têm mais coisas aí sendo costuradas, conversas sendo feitas e logo depois das eleições já vêm mais reformas”.
Guedes também citou os projetos de autonomia do Banco Central, a nova Lei do Gás e o novo marco da cabotagem como pautas de baixo custo político que devem avançar. Segundo o ministro “reformas estão vindo. Temos pauta mínima que deve avançar”
Ainda afirmou que “O BC independente está aí. Tenho certeza que a Câmara aprova logo mais. Sonho de mais de 40 anos, de despolitização da moeda”.
Situação contrária em relação ao controle de gastos, observou Guedes. “Temos lei de responsabilidade fiscal, mas falta cultura de controle de gastos”, disse o ministro, observando, por sua vez, que esse controle já está sendo implantado. “A democracia brasileira funcionou extraordinariamente bem para enfrentar a maior crise que o Brasil já enfrentou. Congresso foi reformista. Tomou as decisões”, comentou Guedes, voltando a destacar a medida que veta o aumento para o funcionalismo público.
O ministro ainda reafirmou a necessidade de aprovação do pacto federativo para que a classe política possa ter controle sobre o orçamento. “Desobrigando, desvinculando, desindexando despesas e entregando orçamentos públicos para classe política. Hoje o dinheiro brasileiro já está todo carimbado”, afirmou Guedes”. “Ministro é ferramenta, quem teve voto é governador, prefeito, eles que têm de tomar conta dos orçamentos públicos”, disse.
Retomada da economia
Mais cedo, em outro evento virtual, Guedes reafirmou que a “economia brasileira está voltando com força”. Ele citou que a retomada surpreendeu organismos internacionais e economistas brasileiros.
“São os fatos que nós temos. Existem muitas narrativas. Mas contra os fatos, as falsas narrativas se dissolvem. O fato hoje é que todas as regiões do Brasil estão criando empregos, todos os setores estão criando empregos. A economia brasileira voltou em V [rápida recuperação, após a queda] como nós esperávamos para surpresa de organizações internacionais”, disse, no seminário virtual Visão do Saneamento – Brasil e Rio de Janeiro, promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
Ele destacou que, no início da pandemia de covid-19, economistas chegaram a prever queda da economia brasileira em mais de 10% e recuperação lenta. “É importante recuperar essas narrativas falsas e colocarmos os fatos”, disse. Ele citou o crescimento do emprego, aumento das exportações de produtos agrícolas e agroindustriais, retomada da construção civil e expansão do crédito e do consumo.
Conteúdo adaptado por Jornal Contábil com informações de Agencia Brasil e IstoÉ Dinheiro