O preço do bitcoin voltou a alcançar os US$ 50 mil dólares na última segunda (23), o maior patamar desde maio deste ano.
A moeda virtual chegou a bater US$ 64 mil dólares em abril, mas teve queda de mais de 40% e derreteu chegando a US$ 29 mil dólares.
O derretimento aconteceu após o bilionário Elon Musk afirmar que a montadora de veículos elétricos Tesla não iria mais aceitar bitcoin como forma de pagamento devido ao potencial danoso da moeda.
A Tesla começou a aceitar bitcoin como meio de pagamento em março deste ano.
Um estudo da Universidade de Cambridge aponta que o bitcoin consome um volume de energia semelhante ao de toda a Suécia ou Argentina.
“Criptomoeda é uma grande ideia em vários sentidos e acreditamos que ela tem um futuro promissor, mas isso não pode ocorrer a um grande custo para o ambiente”, disse o bilionário.
“A gente viu o mercado sangrar devido a críticas de Elon Musk em relação à matriz energética do bitcoin e uma enchente que ocorreu em uma mina de carvão na província chinesa de Xinjiang, em abril. Com isso, um terço de toda a mineração de bitcoin ficou parada. Então, o bitcoin chegou a uma forte queda e bateu US$ 29 mil dólares”, diz Tasso Lago, especialista em criptomoedas e fundador da Financial Move.
Desde a maior queda no ano em que chegou a cerca de us$ 29 mil dólares, o bitcoin já recuperou e avançou mais de 70%.
“Eu acredito que a gente está numa tendência de alta. Podemos ver uma lateralização entre 45 e 46 mil dólares, mas podemos sim romper o topo histórico de 64 mil dólares. Após as críticas de Elon Musk, vimos a mineração se tornar mais limpa acima de 50%. Então, o motivo que causou a queda deixa de existir. Por isso, é natural que o preço recupere valor e ultrapasse“, explica o especialista.
Um relatório do Grupo BP divulgado em julho mostrou que o uso de energia verde aumentou de 36,8% no primeiro semestre para 56% agora, o que pode ser justificado pelo fechamento de mineradoras chinesas, que concentravam a mineração de bitcoin.
Com isso, Tasso acredita que o bitcoin chegue a casa de 90 a 100 mil dólares ainda neste ano: “Eu vejo o mercado bem positivo, projetos estão se desenvolvendo, tecnologias ficando mais rápidas. O ETF HASH11, por exemplo, é um dos mais negociados na bolsa mostrando o apetite por esses tipo de investimento. É um excelente momento para continuar entrando no mercado”, conclui.
Sobre Tasso Lago: Especialista em criptomoedas e fundador da Financial Move, está na área de finanças desde 2012. É pós-graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – COPPEAD e Mestre em Finanças por Corporativas pela Université de Bordeaux. Começou atuando na Inteligência de Mercado da Fundação Getúlio Vargas, e em 2017 atuou no banco da IBM Global Finance como Analista Financeiro do mercado norte americano, sendo responsável por contas como Michelin, Cisco Systems e gerenciado contas estaduais e municipais dos Estados Unidos. Palestrante nos maiores congressos de economia e investimentos, atua como gestor de capital em sua empresa e é professor de Blockchain e Criptomoedas na COPPEAD.