Importante fonte de receita para diversas cidades e até mesmo para a economia nacional, o turismo vai além de apenas lazer. De acordo com um levantamento feito pela Associação Latino-Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas, de 60% a 70% das viagens são para fins de trabalho. O turismo corporativo é parte fundamental dos negócios, e pode ser usado de forma estratégica por muitas empresas.
As viagens a trabalho são importantes por uma série de motivos. Dentre eles, destaca-se a questão do fortalecimento dos laços entre empresas; mapeamento de novos mercados e, por conseguinte, expansão da área de atuação; firmar novas parcerias; fechamento de negócios e participação em conferências. Geralmente cumprem com alguma política da empresa e podem ser feitas tanto por colaboradores como por gestores.
A finalidade, portanto, é representar a empresa em negócios, reuniões ou mesmo eventos importantes. No entanto, viajar a trabalho pode ser muito mais que apenas compromissos de negócios. É possível aproveitar a oportunidade para conhecer a cidade, cozinha e cultura locais, pontos históricos, outras cidades da região e até mesmo a vida noturna.
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Essa prática ganhou até mesmo um nome no exterior: “bleisure trips”, um jogo de palavras entre “business”, que significa “negócios”, e “leisure”, que significa “lazer”. O que não quer dizer que o trabalho deva ser deixado de lado. Inclusive é algo que pode aumentar a produtividade e servir como um motivador para o colaborador, e muitas empresas adotam essa prática como forma de reter seus talentos.
As políticas para viagens a trabalho podem variar de empresa para empresa, o que inclui a questão do orçamento. Pesquisa da Global Business Travel Association indica que somente 4% das empresas arcam com custos de lazer durante as viagens, ainda que, em grande parte, custeiem as despesas com transporte e alimentação.
No exterior, é comum até mesmo que colaboradores possam levar acompanhantes em viagens, desde que isso não atrapalhe o trabalho. Algumas empresas fazem essa concessão e também costumam permitir um certo tom de férias para a viagem, a depender do nível de flexibilidade da empresa.
E, a fim de curtir o máximo de uma bleisure, deve-se levar algumas coisas em conta. A primeira é procurar conhecer o destino, principalmente a hospedagem. Procurar um quarto que possua um espaço que possa ser destinado para o trabalho é muito importante. Outra questão pode ser a falta de tempo para planejar roteiros de lazer. Por isso, contar com um hotel que tenha um bom serviço de informações é essencial.
Procurar conhecer o horário das atrações turísticas é fundamental para o planejamento. É bem possível que, por conta do horário de trabalho, reste apenas o período noturno para os passeios. Neste caso, a recomendação é conhecer bares, restaurantes, entre outros elementos da vida noturna. Mas sempre com moderação. Caso sobre um pouco mais de tempo, caso dos finais de semana, pode-se elaborar um roteiro abrangendo mais atrações.
É importante buscar algumas distrações para se ter na hospedagem, pois há casos de cidades que não oferecem infraestrutura turística, ou ainda pode ser que sair à noite não seja o perfil do colaborador. Por isso, manter um hobby, levar algumas leituras, entre outras atividades, pode ser fundamental para que a estadia seja proveitosa. Por fim, todo esse volume importante de deslocamentos desperta o interesse dos mercados de hotelaria, aéreo e rodoviário, movimentando ao mesmo tempo também as engrenagens dos comércios locais. Por esse motivo, alguns hotéis e agências já trabalham com pacote de viagem específicos para quem viaja a trabalho nos moldes do bleisure.