A Casa Civil da Presidência da República recebeu uma solicitação do Tribunal de Contas da União (TCU) para fornecer informações referentes à viagem do então presidente Jair Bolsonaro (PL) a Orlando, nos Estados Unidos, em 30 de dezembro.
O TCU acatou o pedido feito pelo ex-deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), que levanta a questão de desvio de finalidade no uso de recursos públicos durante a viagem do ex-presidente.
O Tribunal de Contas da União (TCU) estabeleceu um prazo de 15 dias para que a Casa Civil apresente uma justificativa, levando em consideração o alto valor gasto e a falta de informações sobre a verdadeira motivação da viagem.
O TCU argumentou que esses elementos são razões suficientes para realizar essa diligência.
Gastos
No relatório, destacam-se os seguintes gastos:
- R$ 22,7 milhões no cartão corporativo,
- R$ 1,2 milhão em alimentação e bebidas a bordo do avião presidencial,
- R$ 6,9 milhões em diárias pagas aos militares que compunham as equipes de segurança.
De acordo com a análise do TCU, o valor elevado da viagem é incontestável, uma vez que engloba despesas relacionadas à aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), taxas aeroportuárias, alimentação e bebidas a bordo, além das equipes de apoio.
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Ausência de informações
No entanto, o tribunal reconhece a ausência de informações financeiras e logísticas que seriam necessárias para concluir a análise.
Por fim, o órgão solicita as seguintes informações: lista dos servidores que integraram o Escalão Avançado, cotações de preços para serviços aeroportuários relativos à aquisição de alimentação, relação nominal dos funcionários atendidos com alimentação, mapa de distribuição dos quartos em caso de hospedagem em hotel, relatório das despesas efetuadas e faturas do cartão de pagamento do Governo Federal referentes aos gastos realizados durante a viagem.