O governo brasileiro acaba de sancionar a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que entrou em vigência na última sexta-feira, dia 18, em todo o território nacional.
A norma, de número 13.709/2018, integra a lista de regulamentações legais que agora balizam o compliance de empresas que atuam de forma ética e socialmente responsável no Brasil.
Assim como o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GPDR) unifica as leis de privacidade de dados em toda a Europa, a LGPD agora regula no Brasil a utilização dos dados pessoais de consumidores e clientes, por parte de empresas nacionais e estrangeiras que atuam no país, de qualquer setor e porte, estabelecendo critérios para o tratamento e usufruto dessas informações, em meios digitais ou não, e para a responsabilização no caso do uso irregular ou não autorizado pelo cliente.
Trata-se de um marco importante em uma economia cada vez mais digital, com a convergência de diferentes tecnologias que coletam dados para gerar informações estratégicas aos negócios, e usuários cada vez mais exigentes em relação à privacidade das informações.
“A nova lei é importante mas traz desafios às empresas, tanto na implementação dos controles necessários para a adesão das regras e, sobretudo, na manutenção destes novos processos”, opina Edgar Garcia, diretor comercial da UiPath no Brasil, empresa líder na tecnologia RPA (Robotic Process Automation), que automatiza processos em empresas e negócios.
O RPA foi uma tecnologia eficaz na adequação das empresas às diretrizes que regulamentaram o uso dos dados no mercado europeu, há dois anos antes, em 2018.
No que diz respeito ao Brasil, no ano passado, a consultoria internacional Gartner já havia previsto que menos de 30% das companhias nacionais estariam preparadas para a LGPD no início da sua vigência, isto é, hoje.
Segundo Garcia, isso ocorre porque as diretrizes da lei obrigam as organizações a desenvolverem recursos progressivos e contínuos para capturar, armazenar, usar e excluir informações de identificação pessoal, ou seja, dados que potencialmente identifiquem um indivíduo específico.
Assim, para manter o compliance, é fundamental que as empresas estabeleçam mecanismos capazes de reconhecer quais dados individuais estão armazenados, onde e por quanto tempo, e de categorizá-los por parâmetros de sensibilidade, justificativa legal para a retenção e duração do armazenamento.
Nesse sentido, também é preciso evitar o armazenamento de dados em excesso e estar preparado para atender com rapidez solicitações de clientes que desejarem, por alguma razão, interromper o consentimento do uso das informações pessoais.
“Certamente estamos falando de uma reestruturação complexa e multifacetada em processos, que deve ser sustentável e ágil, da forma mais segura possível, para evitar erros na gestão da informação.
E aqui a tecnologia pode e deve atuar junto aos profissionais responsáveis pela tarefa”, diz Garcia.
Conheça abaixo seis (6) processos que podem ser automatizados com o uso de robôs digitais na tecnologia RPA, para ajudar empresas a cumprirem as novas diretrizes da lei, de forma ágil, segura e sustentável.
Gestão de dados
A tecnologia RPA pode lidar com o mapeamento de dados existentes dos bancos de dados da empresa, bem como incorporar novas informações de vários processos de negócios.
O processamento de linguagem natural pode então ser aplicado para identificar, analisar e classificar dados com base na sensibilidade, propósito e período de retenção.
Anonimização e pseudonimização dos dados
Os robôs na plataforma RPA podem auxiliar a empresa nas duas técnicas, usadas para aumentar a segurança das informações, antes mesmo do armazenamento.
Limpeza de dados
Como parte das revisões de dados periódicas, os robôs de software na tecnologia RPA também podem atualizar os dados do sistema com base nas entradas do mecanismo de regras, e replicar essas atualizações em todos os sistemas da organização.
Gerenciamento de consentimento do cliente
Os robôs digitais podem ser programados para criar gatilhos quando dados individuais são usados para fins comerciais e buscar o consentimento do cliente para o uso dessas informações.
RPA + Chatbots
A combinação dessas duas tecnologias é interessante para aumentar o nível de autosserviço dos indivíduos no tratamento dos seus dados pessoais, como visualizar, modificar, apagar ou até mesmo alterar uma permissão previamente concedida.
Conformidade de segurança
Os robôs na plataforma RPA podem informar automaticamente clientes em caso de violação de dados.
Além disso, como os robôs também salvam todas as suas ações em um arquivo de log de atividades, as empresas podem antecipar e gerenciar melhor os problemas de conformidade, realizar revisões internas de maneira proativa e respeitando os status de conformidade, e responder com eficácia a uma auditoria regulatória, se necessário.
Por UiPath é a de Um Robô Para Cada Pessoa, onde as empresas permitem que todos os colaboradores usem, criem e se beneficiem do poder transformador da automação para liberar o potencial ilimitado das pessoas.