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Trabalhadores vão perder o direito ao seguro-desemprego?

Muitos trabalhadores estão preocupados com os rumores que andam circulando pelo país de que o seguro-desemprego e a multa do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) correm o risco de deixar de existir.

Esse medo começou após o Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet), composto de políticos, juristas, economistas e acadêmicos, e instituído pelo governo Bolsonaro, apresentou no ano passado um estudo que prevê o fim do seguro-desemprego e multa de 40% do FGTS aplicada em caso de demissão sem justa causa.

Segundo o estudo, o fim desses dois benefícios reduziria a rotatividade de trabalhadores nas empresas. E que a medida irá gerar mais oportunidades de emprego. Sindicatos de trabalhadores logo ficaram contra o possível fim do seguro-desemprego e da multa de 40% do FGTS.

Os sindicatos alegam que isso vai causar um efeito reverso, já que as empresas não teriam tantas responsabilidades com o empregado, o queria aumentar o número de demissões.

Com o final desses benefícios aos trabalhadores, seria possível o governo transferir os valores da multa do FGTS para o Fundo de Amparo ao Trabalhador, que ficaria responsável em abastecer as contas do Fundo de quem recebe até um salário mínimo e meio.

O seguro-desemprego

O seguro-desemprego tem como objetivo financiar de forma temporária o trabalhador desempregado ao ser demitido sem justa causa, inclusive a indireta, e também o trabalhador comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de escravo.

No entanto, a adesão a Planos de Demissão Voluntária ou similar não dará direito ao benefício, ois não irá caracterizar demissão involuntária.

Multa de 40% do FGTS

A empresa pagará uma multa de 40% sobre o saldo vinculado ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), quando demitir um funcionário sem justa causa. Essa regra permaneceu inalterada até a última reforma trabalhista.

Atualmente, não é mais permitido o comum acordo do contrato de trabalho entre empregado e empregador.

Isso fez ocorrer uma mudança no pagamento do Fundo de Garantia, onde a multa do FGTS é reduzida de 40% para 20% em que o trabalhador só pode receber 80% do valor depositado nas contas vinculadas ao fundo.

Não existe por enquanto nenhum projeto de lei que possibilite acabar com o seguro -desemprego e a multa de 40% do FGTS.

Por outro lado, o Ministério do Trabalho e Previdência garante que a medida recém-apresentada funciona como um estudo para entender o cenário trabalhista frente às mudanças sociais. E também não existe nenhum desejo do governo em  propor uma reforma Trabalhista de tal magnitude.

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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