Tributos: Impacto do aumento da energia também vai ser sentido no comércio

Para o setor industrial, o reajuste da conta de luz vai deixar a energia 13,34% mais cara. Segundo o coordenador do Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Marcos Galindo, o aumento acaba realimentando a inflação e o ciclo negativo na economia.

“A conta está aí e tem que ser paga, mesmo sendo injusta com o setor produtivo e o consumidor”, afirma. Ainda que a indústria absorva o impacto imediato, fatalmente o consumidor vai sentir isso mais adiante, diz.

“É um impacto severo. A gente sempre vê com apreensão esse tipo de aumento, porque, inevitavelmente, isso vai chegar à prateleira das lojas e na oferta de serviços”.

No último ano, a média acumulada de reajuste para usuários que utilizam energia de alta tensão chegou a 16,4%. “É mais um reajuste para estrangular a vida da indústria em um momento que a economia está travada”.

Ainda de acordo Galindo, a solução está na desoneração dos tributos presentes na conta de energia. “O que está acontecendo hoje é resultado de uma falta de investimento na nossa matriz energética.

Não dá para assumirmos sozinhos um problema que atinge a sobrevivência das grandes, pequenas e médias empresas e, principalmente, o consumidor”.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA) também não gostou do reajuste autorizado para a tarifa da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba). Para o presidente da entidade, Carlos Andrade, o reajuste médio de 10,45% é resultado da falta de planejamento do governo.

“É um preço exorbitante em um curto período de tempo. Fica difícil fazer negócio com uma carga tributária dessas”. Um índice próximo às estimativas da taxa de inflação anual em 8% seria até considerável pelo setor.

“Uma correção até a inflação a gente ainda admitia, seria justo. Nós do comércio somos meros repassadores. No fundo quem vai pagar por isso é o consumidor”. Em 2014, o reajuste de energia de baixa tensão – residências e no comércio – foi de 14,82%. (com Correio da Bahia)

jornalcontabil

Recent Posts

Dirbi: 45 Novos Benefícios Fiscais na Mira da Receita Federal

A Declaração de Incentivos, Renúncias, Benefícios e Imunidades de Natureza Tributária (Dirbi) acaba de passar…

55 segundos ago

Imposto de Renda: Veja quem vai receber restituição em 2025

Falta pouco tempo para o Imposto de Renda (IR) 2025 iniciar, porém, milhões de contribuintes…

50 minutos ago

INSS: confira o calendário de pagamentos de fevereiro

Milhões de pessoas ainda vão receber seus benefícios do INSS referentes ao mês de janeiro…

2 horas ago

Brasil atinge 21,6 milhões de empresas ativas em 2024; Simples Nacional domina 84% do mercado

Introdução ao Relatório Jornal Contábil de Empresas no Brasil O Brasil encerrou 2024 com 21,6 milhões…

12 horas ago

Artigo: O empresariado brasileiro e o ano mais difícil na transição pós-reforma

A reforma tributária, solução para simplificar a tributação sobre o consumo, apresenta desafios significativos para…

13 horas ago

Inscrições para o Fies abertas até sexta-feira, dia 7. Veja como fazer

Se você participou de alguma edição do Enem, quer parcelar seus estudos e está tentando…

15 horas ago