Quase ninguém gosta de pegar dinheiro emprestado. Embora muitas pessoas usem esse recurso para conquistar sonhos (como viajar), fazer um empréstimo pessoal é muitas vezes uma ferramenta importante para resolver situações de emergência – e são justamente esses casos que costumam gerar mais problemas a longo prazo para os consumidores.
A falta de planejamento para fechar negócio, o desconforto na hora de negociar valores e a falta de clareza nas informações são os maiores inimigos de quem precisa pedir dinheiro emprestado.
Essa foi a conclusão do nosso time após mais de um ano estudando o mercado brasileiro de empréstimos pessoais e tentando encontrar formas de eliminar a burocracia e as barreiras que atrapalham as pessoas na hora de decidir o que é melhor para o seu orçamento.
Abaixo, segue alguns dos aprendizados para que mais pessoas tomem decisões conscientes na hora de pedir um empréstimo – seja no Nubank ou em qualquer outra instituição.
Existem basicamente duas situações em que as pessoas recorrem aos empréstimos: realizar sonhos ou resolver problemas.
No primeiro caso, os sonhos costumam ser planos de longo prazo, como viagens ou compra de imóveis, e que envolvem maior tempo de planejamento. O grande problema costuma estar nos empréstimos às pressas – para uma emergência ou para quitar uma outra dívida.
Pegar dinheiro emprestado sem planejar os gastos significa trocar um problema por outro.
Antes de buscar um empréstimo, muitas pessoas esquecem de fazer algumas contas fundamentais:
Na hora em que a situação aperta, muita gente pega um empréstimo com a primeira opção disponível.
Clicar no botão de “pré-aprovado” que seu banco oferece não necessariamente é a melhor opção para o seu orçamento – ela só é a mais fácil.
Você até consegue contratar em dois cliques, mas será que consegue gerenciar essas parcelas? Consegue antecipar quantos pagamentos quiser?
Muitas empresas que oferecem empréstimos pessoais dificultam a vida na hora de antecipar parcelas para que o cliente pague mais juros no final.
Também é importante pesquisar para entender as diferentes categorias de empréstimo às quais se pode ter acesso.
Os empréstimos sem garantia, por exemplo, geralmente têm taxas de juros maiores – e muitas pessoas não sabem que podem ter acesso a empréstimos com garantia, que normalmente possuem taxas menores.
Pode soar estranho, mas muita gente não sabe que pode renegociar as dívidas que já possui ao invés de pegar um empréstimo para quitá-las.
Muitas vezes, é mais vantajoso procurar a instituição para quem você já deve (como a operadora do cartão) e negociar condições melhores de pagamento do que contrair uma segunda dívida (empréstimo) para pagar a primeira.
É importante prestar atenção em todas as condições atreladas ao empréstimo:
Vale lembrar que, por lei, toda instituição é obrigada a deixar o cliente adiantar as parcelas e dar o desconto proporcional dos juros.
Entender essas informações é fundamental para não perder o controle dos pagamentos no futuro.
Por exemplo, ao atrasar um pagamento do empréstimo, o cliente automaticamente começa a pagar juros em cima de uma parcela que já contém juros.
A grande maioria das instituições empurra uma série de produtos “acessórios” na hora de oferecer um empréstimo.
Todos esses custos entram no valor total que você vai precisar pagar de volta ao fim do empréstimo – e mesmo os que parecem vantajosos podem ser uma grande cilada quando as contas são colocadas na ponta do lápis.
Os seguros são, muitas vezes, uma garantia embutida no preço da sua parcela. Por exemplo, as taxas de juros efetivas podem dobrar para quem contrata um seguro no empréstimo.
Além disso, é muito importante checar quais circunstâncias exatamente o seguro cobre – para não correr o risco de ficar descoberto quando mais precisa.
Muitas vezes, o seguro desemprego, por exemplo, só cobre casos de pessoas trabalhando em regime CLT – e não freelancers ou PJs, por exemplo.
Ah, e uma dica importante: muitos locais que oferecem empréstimo online já deixam assinalada a opção de incluir o seguro no pacote de empréstimo. Cabe ao cliente tirar essa opção antes de fechar o negócio.
Um dos erros mais comuns (e graves) que notamos é o fato de muitos empreendedores pegarem empréstimo pessoal e usarem o dinheiro nas contas de suas pequenas empresas.
Nunca se deve misturar crédito da pessoa física com a pessoa jurídica.
Essa prática impede que a empresa tenha um controle de gastos e fluxo de caixa organizado e pode colocar o empreendedor em uma situação difícil de sair – sem crédito, por exemplo, para suas necessidades pessoais.
Falar sobre dinheiro geralmente gera um desconforto nas pessoas. Falar sobre dinheiro com estranhos – como um gerente de banco ou funcionário de financeira – é ainda mais delicado. E se o tema da conversa é dívida, fica quase impossível tocar em todos os pontos necessários.
Por vergonha, medo ou inibição, muita gente deixa de fazer as perguntas essenciais (muitas delas, listadas acima neste artigo).
Ninguém é obrigado a entender todos os detalhes do mercado financeiro – por isso, se ficar com dúvidas, pergunte a quem está te oferecendo um empréstimo o que as siglas difíceis de entender querem dizer. Leia o contrato, esclareça as letras miúdas. Questione uma, duas, dez vezes.
No fim das contas, você só vai poder tomar a melhor decisão para o seu bolso se tiver clareza de tudo o que está na balança.
Conteúdo original Nubank
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