Considerada uma das estratégias de investimento mais bem sucedidas da história, o value investing (também conhecido como investimento em valor), se baseia em uma lógica bem simples: encontrar e comprar ativos por um preço abaixo do que eles realmente valem.
O princípio fundamental dessa forma de investir vem da constatação de que o preço de uma ação no mercado não representa, de fato, o que a empresa realmente vale, na grande maioria das vezes.
Por exemplo: uma ação pode estar “barata” simplesmente porque a economia vai mal ou porque o setor de atuação da empresa está em baixa. Com menos atividade econômica, os investidores saem do mercado. O dinheiro para de circular, a demanda por ações diminui e o preço de venda delas na bolsa cai.
Ao mesmo tempo, uma ação pode estar sobreavaliada, custando mais caro do que deveria, porque o momento da economia está bom. Mais dinheiro significa mais gente investindo: com isso, o mercado fica eufórico, se aquece, entra em alta e puxa o valor das ações para cima.
Ou seja, o investimento em valor rejeita a hipótese do “mercado eficiente” – que diz que as forças de oferta e demanda do mercado já mostram por si mesmas se uma empresa é boa ou não, pelo preço de suas ações.
Já que o mercado distorce, no curto prazo, o valor real das ações, frequentemente podem aparecer grandes oportunidades para os value investors. Ao saberem que mesmo as boas empresas podem estar momentaneamente mal avaliadas, os investidores em valor atuam para tirar proveito disso.
Se os fundamentos da empresa – como receita, lucratividade, fluxo de caixa, balanço patrimonial, dividendos, entre outros – estão sólidos, mas o preço da ação no mercado está abaixo de seu valor, o investidor compra a ação e aguarda até que o mercado “corrija” o preço.
Se a empresa realmente vale mais do que o que está sendo negociado, a tendência é o valor da ação subir com o tempo – fazendo o investidor ganhar dinheiro com a operação.
Porém, investir em valor não significa apenas comprar ações que estejam em baixa no mercado e aguardar que elas subam. Os investidores precisam se cercar de informações sobre o papel e ter certeza de que eles estão escolhendo uma empresa que realmente tem valor em potencial – e não uma ação simplesmente barata na bolsa.
Por isso, há dois conceitos fundamentais dentro da estratégia de investimento em valor. Todo interessado deve entendê-los e aplicá-los para investir seu dinheiro da melhor forma possível. São eles: o valor intrínseco e a margem de segurança.
A ideia do investimento em valor é que, quando sabemos o verdadeiro valor de uma ação, temos o poder de saber qual o momento certo de comprá-la pelo preço mais vantajoso – e lucrar com isso. Esse valor “real” é chamado de valor intrínseco.
Logo, encontrar o valor intrínseco de um determinado ativo é o elemento-chave da estratégia de investimento em valor. Ele é realizado por meio de uma análise cuidadosa sobre o negócio, usando um cálculo chamado valuation.
Existem várias formas de valuation diferentes. Por isso, toda avaliação do tipo possui certa dose de subjetividade – duas pessoas podem chegar a valores intrínsecos diferentes, mesmo tomando como base os mesmos dados.
Margem de segurança é a diferença entre o preço de compra de uma ação e seu valor intrínseco.
Normalmente, os investidores procuram comprar ações bem abaixo do seu valor intrínseco, com uma margem de segurança entre 20% e 30% ou até mais.
Ao operar dentro da margem de segurança, os investidores protegem suas carteiras de investimento, minimizando seus riscos e se blindando contra crises de mercado, erros de avaliação e qualquer outro imprevisto.
Em resumo, as principais vantagens da estratégia de value investing são:
O investimento em valor é um dos métodos de investimento mais conhecidos e bem-sucedidos da história. Ao contrário de outras estratégias, ele não requer que você tenha uma extensa experiência em investimentos (embora entender o básico certamente ajude) e nem exige conhecimento avançado em finanças.
Ao contrário de investidores normais, que reagem “emocionalmente” às tendências do mercado, comprando no primeiro sinal de alta e vendendo no primeiro sinal de baixa, os investidores em valor agem racionalmente. Por isso, se você tem bom senso, paciência e vontade de estudar as empresas em si (e não necessariamente o mercado), você pode se tornar um investidor em valor.
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