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Varejo deve deixar de faturar R$ 11,8 bilhões em 2020 em decorrência dos feriados nacionais

O varejo nacional deve deixar de faturar R$ 11,8 bilhões em 2020 por causa de feriados nacionais e pontes ao longo do ano. O total é 53% maior do que a perda prevista para 2019, de R$ 7,6 bilhões. Segundo estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o aumento se deve à maior quantidade de feriados em dias úteis e mais pontes de emendas em 2020. No próximo ano, serão 11 feriados em dias úteis – em comparação a sete neste ano. 

Considerando os índices econômicos que apontam para uma recuperação da atividade produtiva, tanto o comércio quanto o varejo devem se beneficiar de mais vendas em 2020, em uma média diária, o que faz com que cada feriado ou ponte em dia útil leve a uma perda financeira maior para os setores, aponta o levantamento. 

Nesse cenário, o empresário pode calcular com antecedência a queda nas vendas causada pelo feriado e estabelecer uma meta mensal no negócio para reduzir o impacto dessas datas na atividade, compensando com o faturamento nos dias com mais movimentação no estabelecimento. Isso pode ser feito com ofertas de desconto para compras antes do feriado; para os negócios com mais disponibilidade financeira, é possível ainda buscar parcerias para conceder benefícios em serviços no feriado que estejam atrelados às vendas (cinema, parque, restaurante, etc.). 

Apesar dessa queda no varejo, a Federação enfatiza que setores como serviços (transporte, restaurantes e bares, por exemplo) e turismo tendem a apresentar um fôlego maior nessas datas. 

O estudo separa os setores do varejo e o nível de perdas que devem ter no próximo ano apenas em detrimento do fator “feriado nacional”. O setor classificado como “outras atividades” é o que deve contabilizar a maior perda: em torno de R$ 4,48 bilhões, com alta de 47% em relação a 2019. Esse grupo inclui os comércios de combustíveis, joias e relógios, artigos de papelaria, entre outros. 

As perdas nas atividades de supermercados (R$ 3,2 bilhões) e farmácias R$ (1,87 bilhão) devem ser superiores em 58% e 59% em relação às de 2019. Juntos, ambos os setores devem responder por 43% do total das perdas estimadas neste estudo para 2020. 

Os demais segmentos que devem deixar de faturar com os feriados e pontes são: vestuário, tecidos e calçados (-46%), com R$ 1,1 bilhão; e móveis e decoração (-61%), com R$ 1 bilhão. 

Todos esses setores avaliados geralmente são aqueles mais sensíveis à compra por impulso, como locais em que o consumidor geralmente frequenta durante horário de almoço ou no fim no expediente. São diferentes daqueles onde a compra é programada – os de bens duráveis –, setores que não perdem com feriados nacionais, já que o consumidor tende a efetuar a compra em outro dia. 

Nesse estudo, a FecomercioSP não considerou os feriados estaduais e municipais – que também prejudicam a atividade comercial. Na análise da Entidade, ainda que esses R$ 11,8 bilhões pareçam um enorme dano ao varejo, o valor representa 0,6% (ou o equivalente a dois dias de comércio completamente fechado) do faturamento total desse setor em um ano, que é de cerca de R$ 2 trilhões. 

A FecomercioSP ressalta que o estudo tem como objetivo apenas mensurar uma possível redução de movimento no comércio varejista, sem considerar características sazonais e regionais.

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Ricardo de Freitas

Ricardo de Freitas possui uma trajetória multifacetada, ele acumula experiências como jornalista, CEO e CMO, tendo atuado em grandes empresas de software no Brasil. Atualmente, lidera o grupo que engloba as empresas Banconta, Creditook e MEI360, focadas em soluções financeiras e contábeis para micro e pequenas empresas. Sua expertise em marketing se reflete em sua obra literária: "A Revolução do Marketing para Empresas Contábeis": Neste livro, Ricardo de Freitas compartilha suas visões e estratégias sobre como as empresas contábeis podem se destacar em um mercado cada vez mais competitivo, utilizando o marketing digital como ferramenta de crescimento.

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