O subsolo do prédio anexo ao Ministério da Fazenda, em Brasília. Depois de uma curta caminhada o servidor da Receita Federal, uma das 20 pessoas que podem abrí-la, passa o crachá e depois pressiona o dedo em um leitor de digitais.
Do outro lado, está a sala que guarda um dos supercomputadores responsáveis pela análise do imposto de renda dos contribuintes (cujo prazo de entrega das declarações se iniciou em 2 de março e vai até 28 de abril).
O barulho feito pelas torres de equipamentos é intenso. Para garantir o funcionamento das máquinas, um sistema de ar-condicionado mantém a temperatura constante em 13 graus. Um sistema de exaustão retira o ar quente produzido pelos computadores.
Nos quatro cantos da sala, câmeras de monitoramento. Em um, há também um cilindro branco que remove todo o oxigênio do local, em caso de princípio de incêndio.
Esse é um dos sete centros de armazenamento e processamento de dados da Receita Federal. Somados, esses centros têm capacidade equivalente à de dezenas de milhares de computadores pessoais.
Para este ano, o Fisco tem orçamento autorizado de R$ 1,8 bilhão para gastos em tecnologia da informação. Esse valor equivale de 15% a 20% do orçamento federal com TI.