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Veja pontos importantes para abrir uma escola de idiomas

Estudar idiomas sempre foi um atributo importante em diversas áreas do mercado de trabalho, sobretudo para profissionais de turismo, comércio exterior, educação, ciência e tecnologia. Quanto mais o mundo se moderniza, maior fica a necessidade de saber se comunicar em outras línguas. Mesmo vivendo na era digital, abrir uma escola voltada para esse ensino ainda pode ser um bom negócio, sem esquecer alguns pontos.

Cada vez mais, as pessoas se tornam atuantes no processo de globalização – termo criado na década de 1980 que descreve a intensificação da integração econômica e política internacional –, fazendo com que o interesse por idiomas aumente. Além disso, uma pesquisa do site de empregos Catho mostrou que quem fala inglês, considerado um requisito básico por muitas empresas, chega a ganhar 70% mais do que quem não sabe.

Segundo a publicação linguística Ethnologue (2022), as línguas mais faladas do mundo, entre a língua nativa e a segunda língua, são Inglês, Mandarim, Hindi, Espanhol e Francês, com mais de 5 bilhões de pessoas falando uma delas. Desta forma, entrar nesse mercado pode ser vantajoso, ainda que os cursos online dessas línguas tenham explodido e disputem espaço com as escolas de idiomas tradicionais nos últimos anos.

Diante disso, enquanto essa gama enorme de cursos encontrados na internet oferece, em geral, ensino personalizado e preço mais baixo, as escolas se destacam com certificados, professores capacitados e metodologias diferenciadas, de acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Leia também: Inglês e Espanhol estão entre os idiomas mais procurados para estudar

Planejamento

O primeiro passo é fazer um plano de negócios, para que o empreendedor tenha uma visão mais ampla e dinâmica sobre o mercado onde a empresa será inserida. Neste planejamento, precisam ser definidos os serviços que serão oferecidos pela escola, quem serão os principais clientes, o capital a ser investido e uma previsão de faturamento mensal.

Pesquisar o público-alvo, frequentemente formado por jovens das classes média e alta e por adultos com foco profissional, os possíveis concorrentes e a metodologia a ser implementada faz parte do processo de planejamento, bem como os documentos obrigatórios, especialmente o alvará de funcionamento, o CNPJ e a declaração de imposto de renda, devem ser providenciados.

Local

A localização da maioria dos negócios é um fator determinante para qualquer empreendimento. Na hora de selecionar, é preferível que, dependendo do público-alvo escolhido, o lugar seja próximo de escolas, faculdades e empresas, com boa visualização e fácil acesso para os alunos, incluindo transporte público nos arredores e estacionamento.

Outra questão relacionada ao local é a regularização dos aspectos legais e das licenças exigidas pela região. Antes de fechar contrato ou procurar uma casa à venda ou um espaço comercial, deve-se consultar a prefeitura para confirmar se a escola pode funcionar no endereço definido, a partir da Lei de Zoneamento e do Plano Diretor da cidade.

Leia também: A importância de aprender inglês de maneira divertida

Estrutura

Uma escola de idiomas precisa de uma estrutura própria, que deve contar com secretaria, recepção, escritório, banheiros, área administrativa, salas de aula, sala dos professores, área de estudo e espaço de lazer, conforme a plataforma de marketing educacional Quero Educação. O tamanho depende do número de alunos.

Os espaços da escola precisam ter uma configuração funcional e agradável, já que a ambientação é importante nesse tipo de negócio. Ainda na estruturação do local, estão incluídos os equipamentos, entre eles computadores, impressoras, projetores, quadros brancos, carteiras, mesas e outros materiais.

Corpo docente

Em meio a um mercado bastante competitivo, a qualidade de ensino tem que ser a maior prioridade das escolas de idiomas. Portanto, contratar professores competentes e com experiência prática no exterior, ou que tenham o idioma como língua nativa, é fundamental.

Leonardo Grandchamp

Supervisor de Redação do Jornal Contábil e responsável pelo Portal Dia Rural.

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