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Verdades e mitos sobre a transformação digital para PMEs

Quando é proposto discutir sobre o impacto da transformação digital e sua influência em relação às empresas nacionais, é muito fácil centralizar as atenções em companhias maiores, com grandes investimentos e uma presença massiva da tecnologia no ambiente de trabalho.

Certamente, esse é um aspecto a ser considerado e que justifica o prestígio da inovação, no entanto, não se pode reduzir a amplitude do tema e excluir a participação de PMEs.

Entre tantas informações lançadas de forma recorrente, em um mundo completamente conectado, é de suma importância compreender o que é fato e o que não corresponde ao processo de transição ao digital.

Sem dúvidas, o primeiro passo para introduzir essa tendência inadiável e abrir as portas do negócio para oportunidades promissoras, é, além de outros fatores, ter a segurança para identificar os métodos mais assertivos de se aderir à novidade.

A tecnologia é para todos?

Felizmente, tem se mostrado perceptível o acesso cada vez mais democrático a novas ferramentas e estratégias possibilitadas pelo suporte tecnológico.

No mercado, existem serviços personalizados, capazes de se adequar às demandas de todos.

Seguindo essa linha de raciocínio, parte fundamental desse processo é desmistificar pensamentos equivocados quanto à participação de pequenas e médias empresas no fenômeno de transformação digital.

No meio empresarial, se reinventar é uma iniciativa praticamente indispensável.

E isso ocorre a todo instante.

Para PMEs, modificar seus sistemas de trabalho pode ser extremamente desafiador, principalmente se a organização demonstrar pouca familiaridade com o universo de TI.

Porém, o que deve ser colocado na mesa é a preponderância de se automatizar processos e os ganhos produtivos que essa mudança traz a uma empresa menor.

Ao contrário do que se pode julgar de antemão, a tecnologia, se aplicada com eficiência, proporciona os artifícios necessários para a construção de uma cultura de redução de gastos que só favorece à saúde financeira do negócio.

No fim das contas, o custo-benefício se torna um aliado estratégico para que o gestor maximize seus resultados sem realizar investimentos fora do escopo orçamentário.

Transformação digital não deve excluir profissionais

Um dos maiores mitos acerca do assunto debatido, de certo, repousa naquela velha mentalidade de que a tecnologia chegou para ofuscar o protagonismo das pessoas.

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Ao partirmos do pressuposto de que os profissionais são os aditivos mais importantes de qualquer empresa, seja ela grande, média ou pequena, é inconcebível que uma mudança tão radical seja conduzida sem nenhuma política de inclusão e capacitação dos colaboradores, a fim de que os mesmos sejam valorizados.

A transformação também é cultural.

A implementação tecnológica só é completa se atingir um de seus principais objetivos: simplificar a vida do gestor e de suas equipes.

Com a automatização de etapas operacionais fundamentalmente repetitivas, cujo modus operandi pode ser extremamente exaustivo sob uma ótica humanizada, será possível redirecionar as pessoas para atividades estratégicas e muito mais subjetivas, que demandam uma dedicação que nos é única enquanto seres racionais.

Isso diz respeito ao relacionamento com o cliente e a criação de planejamentos estratégicos assertivos.

Sistemas manuais estão com os dias contados?

Eventualmente, em outros tempos, apoiar todo o armazenamento e fluxo de informações em modelos manuais, a exemplo de planilhas, talvez fosse a única alternativa do gestor para preservar, até de forma ilusória, a integridade desses documentos e a própria continuidade dos processos.

Hoje, se olharmos para 2021, insistir nesse formato de trabalho, além de oferecer riscos significativos para a empresa, faz com que a mesma esteja alheia a uma série de benefícios decisivos para o sucesso de qualquer negócio.

Com isso dito, aproveito para finalizar o artigo destacando que não há nada de errado em reconhecer pontos de melhoria internamente, pelo contrário, é dessa forma que se pode vislumbrar mudanças positivas e crescer enquanto organização.

Para pequenas e médias empresas, com um diagnóstico preciso sobre como a tecnologia pode ajudar, todos terão plenas condições de aproveitar o que a transformação digital tem de melhor, sempre em prol de um ambiente corporativo orientado à inovação.

*Fernando Brolo é Sales Partner na logithink. O executivo possui vasta experiência em canais TOTVS, além de atuação na área comercial e de operações, tendo passado, ao longo de sua carreira, por diversas áreas de negócios, como Gestor Comercial, Executivo de Contas e Vendas, de Operações e de TI.

Gabriel Dau

Estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, atualmente trabalha como Redator do Jornal Contábil sendo responsável pela elaboração e desenvolvimento de conteúdos.

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