As finanças islâmicas, também conhecidas como finanças Sharia-compliant, são um sistema financeiro que opera de acordo com os princípios da lei islâmica, conhecida como a Sharia. Essa abordagem financeira é distinta dos sistemas convencionais, pois baseia-se em princípios religiosos para guiar todas as atividades financeiras e de investimento. Vamos explorar em detalhes como as finanças islâmicas funcionam e quais são os principais componentes desse sistema
O Riba, ou juros/usura, é estritamente proibido no Islã. Portanto, qualquer forma de empréstimo que envolva o pagamento de juros é considerada ilegal. Em vez disso, as finanças islâmicas promovem o compartilhamento de riscos e recompensas.
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Gharar se refere à incerteza excessiva em transações financeiras, enquanto Maysir envolve jogos de azar e especulação. Ambos são considerados práticas não éticas e são proibidos nas finanças islâmicas.
Todas as transações e investimentos em finanças islâmicas devem ser Halal, ou seja, em conformidade com a lei islâmica. Isso significa que não se deve investir em setores como álcool, jogos de azar, carne suína ou atividades não éticas.
As finanças islâmicas preferem investimentos em ativos reais e tangíveis, como imóveis ou negócios produtivos, em vez de investimentos financeiros puramente especulativos.
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As instituições financeiras islâmicas, como bancos e cooperativas de crédito, operam de acordo com os princípios da Sharia. Elas oferecem uma ampla gama de produtos e serviços financeiros compatíveis com os princípios islâmicos. Alguns exemplos de produtos financeiros islâmicos incluem contas de poupança sem juros, financiamento de casas sem juros e fundos de investimento Sharia-compliant.
As finanças islâmicas têm crescido consideravelmente nas últimas décadas, oferecendo uma alternativa ética ao sistema financeiro convencional. No entanto, também enfrentam desafios, como a padronização global e a gestão de riscos, devido à sua adesão a princípios diferentes.
Em resumo, as finanças islâmicas são um sistema financeiro que opera com base nos princípios da Sharia, enfatizando o compartilhamento de riscos e recompensas, e o investimento em ativos tangíveis. Essas finanças desempenham um papel significativo em comunidades muçulmanas e têm atraído atenção global como uma alternativa ao sistema financeiro convencional.
Por Lucas de Sá Pereira, contador, criador do instagram @contadorlucaspereira e colunista do Jornal Contábil
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